Sindicato dos Conferentes de Paranaguá tem nova gestão para o próximo triênio


Por Luiza Rampelotti Publicado 14/11/2022 às 11h26 Atualizado 17/02/2024 às 21h15

No último domingo (13) foi eleita a nova presidência do Sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga nos Portos do Estado do Paraná, em Paranaguá. A única chapa concorrente no pleito foi aclamada vencedora após receber 31 votos favoráveis contra sete contrários.

O novo presidente do sindicato, José Eduardo Antunes, tem a importante missão de, no próximo triênio (2023 a 2025), conseguir um acordo com o Sindicato dos Operadores Portuários (SINDOP) para a assinatura de uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para a categoria. Desde 2014, os Conferentes estão sem a CCT, que é o ato jurídico pactuado entre o sindicato de empregadores e de empregados para o estabelecimento de regras nas relações de trabalho.

Há 14 anos no Sindicato dos Conferentes, Antunes já foi vice-presidente da entidade durante duas gestões. Atualmente, ele também está em seu segundo mandato como diretor suplente da Federação Nacional Dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios nas Atividades Portuárias (FENCCOVIB), além de primeiro mandato como diretor de comunicação da Frente Intersindical de Paranaguá.

Formado em direito, o novo presidente dos Conferentes destaca a alegria de ter sido escolhido pela categoria para representar os interesses da classe. “É uma satisfação imensa e nossa expectativa é assinar a CCT o quanto antes, especialmente se for uma negociação conjunta com os demais sindicatos”, diz.

Oportunidade para negociação conjunta


Ele explica que, assim como os Conferentes, os Estivadores, Arrumadores e Vigias também necessitam renovar a Convenção Coletiva de Trabalho em 2023. “Essa é uma oportunidade de ouro para a Intersindical fazer uma negociação conjunta com os operadores portuários”, comenta.

Antunes destaca que a missão não será fácil, mas que tem boas expectativas. “Será um trabalho difícil, que vai exigir uma negociação intensa para buscarmos um consenso com a categoria, e buscando sempre o bom senso, tanto do lado do trabalhador quanto do lado do setor patronal. Porém, estou muito otimista”, diz.

De acordo com ele, o principal objetivo de sua gestão será “fazer com que a categoria dos conferentes volte a ser grande, volte a brilhar”. O novo presidente ainda ressalta a importância do trabalho da classe para a atividade portuária.

O trabalho do conferente é essencial, pois não existe atividade de operação portuária sem conferência de carga e descarga. Nosso propósito agora é entrar em acordo com o setor patronal e dar um futuro grandioso para a categoria”, finaliza.