Triagens domiciliares agilizam tratamentos e ajudam a identificar problemas de saúde antes mesmo da procura por atendimento em UBS

Com a pandemia da Covid-19, o que se viu em todo o país foi o aumento nos agravos à saúde por algumas razões, entre elas, a sobrecarga do Sistema de Saúde; consultas e procedimentos eletivos adiados ou cancelados para priorizar o tratamento de pacientes com Covid-19; medo de buscar atendimento médico e acabar sendo infectado pelo coronavírus; impacto psicossocial, com aumento dos casos de estresse, ansiedade e depressão em muitas pessoas e; interrupção de programas de prevenção e rastreamento, tais como câncer, diabetes e hipertensão. Com isso, os impactos da pandemia recaíram, além dos milhões de pacientes diretamente infectados e suas famílias, também em outras áreas da saúde pública.

Para continuar monitorando e abordando esses agravos e para garantir o bem-estar geral da população, a Prefeitura de Paranaguá irá manter, este ano, as triagens domiciliares. Para a manutenção do programa de testagem domiciliar de doenças pré-existentes e comorbidades advindas da Covid-19, com levantamento e análise estatística, a Administração Municipal firmou o contrato 012/2024, com a AGP Saúde, no valor de R$ 2.025.012,00, para a execução do serviço pelos próximos 12 meses.

Segundo a Prefeitura, as triagens são fundamentais para otimizar o atendimento nas unidades básicas de saúde (UBS) e garantir que os recursos sejam direcionados de forma eficaz.

Benefícios das triagens

Em nota enviada para o JB Litoral, a Prefeitura de Paranaguá explica que as triagens possibilitam a identificação precoce de riscos e agravos, além de agilizar o atendimento em casos de resultados que indiquem riscos à saúde dos moradores. “Por exemplo, uma triagem pode detectar alterações nos sinais vitais, como pressão arterial elevada, glicemia descontrolada ou febre persistente. Com base nos resultados das triagens, os profissionais de saúde podem priorizar os atendimentos. Pacientes com resultados alterados ou condições de maior gravidade podem ser encaminhados para atendimento imediato”, afirma.

Ainda segundo o Poder Municipal, os atendimentos domiciliares reduzem a sobrecarga nas UBS’s e monitoram os pacientes crônicos sem a necessidade de que eles se dirijam às unidades de saúde. “As triagens domiciliares filtram os casos que realmente necessitam de atendimento presencial nas UBS’s. Pacientes com resultados normais ou situações que podem ser gerenciadas remotamente podem receber orientações por telefone ou telemedicina, aliviando a demanda nas unidades”, esclarece a nota.

O documento também afirma que pacientes com doenças crônicas, como hipertensão, diabetes ou doença renal, podem ser acompanhados regularmente por meio de triagens domiciliares. Isso permite ajustes no tratamento, na prevenção de complicações e promoção da adesão às orientações médicas.

Mais acesso aos serviços

Por fim, as triagens feitas nos domicílios acabam por promover o acesso à saúde para populações vulneráveis. Pacientes com dificuldade de locomoção, idosos ou pessoas em áreas remotas têm acesso aos serviços de saúde, independentemente de sua localização ou condição física.

“Elas são uma ferramenta valiosa para aprimorar a eficiência do sistema de saúde, melhorar o atendimento aos pacientes e promover a saúde da comunidade. A prioridade de realização são os bairros mais populosos onde, no período pandêmico, houve sobrecarga de demanda para o atendimento em unidades básicas de saúde”, finaliza a nota enviada ao JB Litoral.

Exames realizados durante as triagens

Durante as abordagens aos parnanguaras em suas casas, diversos exames e testes são realizados: Hepatite; Troponina; PSA (importante para auxílio de diagnóstico de câncer de próstata); Colesterol HDL; Colesterol LDL; Colesterol total; Triglicerídeos; Glicose; Hipertensão; Oxigenação sanguínea; Eletrocardiograma; Leucócitos; Nitrito; Urobilinogênio; Proteínas; pH; Sangue; Densidade; Bilirrubinas e Prova de função pulmonar.