Se PARANAGUÁ é a cidade “MÃE” do Paraná, então o PORTO é o “PAI”.


Por Maximilian Santos Publicado 16/03/2021 às 18h19 Atualizado 19/02/2024 às 15h12

Em um mundo estacado em uma globalização contemporânea, o comércio internacional, nas últimas décadas, não parou de crescer. Isso “logicamente” e logisticamente falando, tem impacto direto na circulação de cargas em transportes marítimos e, consequentemente, no aumento das estruturas portuárias.

O papel dos portos pelo mundo todo engrandeceu, tornando-se imensas teias logísticas que acarretaram em vários processos produtivos em séries. E como a história comprova, a estrutura em comércio marítimo ajudou também a formar e a desenvolver os principais núcleos urbanos do planeta, principalmente, por conta da mão de obra. O que inclui, obviamente, a nossa amada Paranaguá.

O surgimento das primeiras instalações, com fins portuários, na “Cidade Mãe” do Paraná, ocorreu por volta de 1570, quando os povoadores portugueses, que até então viviam na Ilha da Cotinga, vieram para o continente e subiram um “povoado”. Ou seja, o município de Paranaguá só existe graças ao nosso imponente porto, pois, décadas mais tarde, entre 1640 e 1650, começou o processo de formação da cidade.

Pra melhor explicar, foi mais ou menos assim… os ciclos econômicos foram refletindo em Paranaguá, pois, conforme o porto crescia e implantava obras, cada vez mais mãos de obra eram atraídas, que respondiam com comércios, prestações de serviços, unidades industriais, agências bancárias, entre outras atividades econômicas e de trabalho na cidade. Pois bem… passando pela fase da madeira, pela erva mate (sendo o principal supridor durante a Guerra do Paraguai), tendo como um dos maiores destaques no mundo o clico do café, em que foi elevado como o maior exportador do planeta, atingindo 6 milhões de sacas, hoje, o porto de Paranaguá, no ciclo da soja, tem batido frequentes recordes comerciais, deixando para a cidade de Paranaguá coisas boas, mas, também, ruins, dentro desses altos e baixos dessa longa relação de história, que se perpetua como o principal mantenedor do sustento e do ganha pão do povo parnanguara.

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Desculpem-me a “analogia” de patriacardo aos mais jovens, mas, essa é uma realidade bem próxima para a “metáfora” que farei aqui… Como um verdadeiro “filho adolescente”, o Paraná já passou por várias fases de sua história, que seguiram modos de gestão ditados pelos mais diferentes perfis de governadores. Algumas fases com visões mais “liberais”, outras mais “estadistas”. Também tiveram os que buscavam uma gestão mais “conservadora” nas questões comerciais, outros mais “inovadores”. Sem esquecer daqueles que deixaram o nosso porto um pouco mais “pé-vermelho”, como também outros que permitiram mantê-lo mais “bagrinho” (como você leu, caro leitor, na matéria elaborada por nossa redação nesta edição especial).

Mas, com certeza, para essa verdadeira “MÃE” que é Paranaguá, ficaram também marcadas recordações não muito boas pelo seu “marido Porto”, como também pelo seu “ filho Paraná”. Mas, como sabemos, MÃES são daquelas, né? Aguentam desaforos de marido, de filho, mas estão ali, de coração aberto, curando as “cicatrizes” e caminhando juntos. Sabe… A “MÃE” fica triste ao ver a falta de cuidado com “ela” na Av. Roque Vernalha, sem um viaduto para o trilho do trem. Ainda mais quando o “PAI” cobra pontualidade dela para trabalhar. Ela também fica aborrecida com o “PAI” e, principalmente, com o “FILHO”, ao ver uma Av. Ayrton Senna naquele estado de abandono. Ainda mais que é nesta principal avenida, a primeira impressão que as pessoas têm “dela”. Mas, como toda “MÃE”, ela espera que essas atitudes mudem no seu amado e próspero “LAR”.

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E é bem isso mesmo! Somos uma grande FAMÍLIA. A MÃE Paranaguá, que acolhe, que é o aconchego do lar, que educa, que sustenta com seus “seios” o seu FILHO. Que chega a dar parte do seu corpo, da sua própria “NATUREZA”, e, até mesmo, da sua “essência”, para que o “PAI”, junto com seu “FILHO”, possa trazer desenvolvimento, dignidade e bem-estar para os três. O PAI Porto, que conversa com todo “MUNDO”, que abre “portas” para essa “família”, aquele que também traz o sustento junto com a MÃE para o seu FILHO, sendo também responsável em dar toda a atenção e suporte estrutural que a sua “esposa”, mãe querida, tanto precisa!

E o FILHO Paraná, que depende também da ajuda e do sustento (econômico e natural) dos seus “pais”, para poder desenvolver as suas atividades, que, como um bom filho, deve retribuir tudo o que seus pais fazem por “ele”, com atenção, carinho e ajuda estrutural para a sua “MÃE”, bem como respeito e suporte para o seu batalhador “PAI”. É só assim que esta “tradicional família brasileira”, mesmo com tantas fases de “ALTAS” e “BAIXAS” em sua centenária história, em meio a tantos ciclos, lutas e necessidades juntos, é que vão poder viver por muitos anos em uma ampla harmonia. Com respeito, dignidade, e, principalmente, muito AMOR por TODOS que fazem parte desta linda, forte e próspera “FAMÍLIA”.

 Aliel Machado, na Ciência, Tecnologia e Comunicação da Câmara do Deputados

A coluna recebeu com grande alegria a notícia de que o deputado federal Aliel Machado, do PSB, foi eleito presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, para um mandato de um ano. Enfim, uma notícia de alegria para os comunicadores do Brasil. Aliás, aconselho uma aproximação da vereadora Isabelle Dias (PSB) com o nobre deputado. Tenho certeza que sairá uma grande parceria! Um dos principais nomes da renovação política em Morretes, o Neto Gnatta, poderia marcar esse encontro. Na opinião deste colunista, Aliel Machado é, sem dúvida, um dos melhores e mais brilhantes deputados federais que temos na bancada do Paraná.

Bonita luta da Estiva

Tenho minha indiferença com sindicatos, mas, indiferente de qualquer presidência que esteja na frente do Sindicato dos Estivadores de Paranaguá, o trabalho de luta pela classe trabalhadora do SindiEstive se mantém viva, em meio a tantos outros sindicatos em Paranaguá que já se entregaram para o sistema “patronal”. A prova disso foi na questão dos TPAs, em que a voz do sindicato foi uma das poucas contra as determinações importunas para os trabalhadores, determinadas por órgão mantido por patrões.