Sérgio Moro, Guto Silva, Fernando Francischini e João Arruda “pintam” como possíveis nomes para o Senado em 2022


Por Maximilian Santos Publicado 27/09/2021 às 13h13 Atualizado 19/02/2024 às 15h11

Nas eleições do ano que vem serão escolhidos o próximo presidente, governador, deputados federais e estaduais para os quatro anos adjacentes, bem como um “novo” senador. Após os últimos seis anos de mandato, o ex-governador e senador Álvaro Dias, do Podemos, deverá deixar o posto, caso não concorra pela sua reeleição mais uma vez. A decisão do seu futuro sairá em meados de novembro, prazo estipulado para que o ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro, decida se disputará as urnas.

Moro, que também é cotado pelo Podemos como possível presidenciável, esteve no Brasil na última semana em reunião com líderes do partido, tanto em Curitiba como em Brasília, para uma análise de cenário. Ainda não decidiu se permanecerá vivendo nos EUA, onde mantém cargo de diretor de investigações no escritório de advocacia Alvarez & Marsal, que, aparentemente, parece satisfeito, ou se voltará para o Brasil para disputar um cargo público, a fim de implantar seu projeto político de “combate à corrupção”. A questão é que há também a possibilidade mais realista, de Sérgio Moro concorrer para a vaga do Senado pelo Paraná ou, ainda, por São Paulo, após aparecer nas pesquisas presidenciáveis em um possível 4º lugar, abaixo de Lula, Bolsonaro e Ciro Gomes, respectivamente. Com esse cenário, Álvaro Dias poderia ser o nome para a presidência pelo Podemos, ou, ainda, concorrer ao cargo de deputado federal.

Outro nome que se comenta nos bastidores e corredores do Palácio Iguaçu é o do secretário chefe da Casa Civil do Estado do Paraná, Guto Silva, braço direito e próximo do governador Ratinho Junior. Luiz Augusto Silva seria o nome mais provável pelo PSD, principalmente, por manter boa relação com os prefeitos do estado e ótima entrada na mídia. O maringaense já foi deputado estadual, se elegeu deputado federal e teria uma “musculatura política” que concede ótima oportunidade para ser eleito ao Senado, sendo um possível nome de confiança do governador na importante casa parlamentar democrática nacional. A disputa de Guto Silva para o Senado faz bastante sentido pois, se não for eleito, tem sua vaga no primeiro escalão do governo de Ratinho Junior (que provavelmente será reeleito) garantida.

Na imprensa, também se comenta a possibilidade do deputado Fernando Francischini ser o nome para o Senado, pelo novo “partidão” que surgirá da fusão entre DEM e PSL. O delegado foi o deputado estadual mais votado desta legislatura, com quase 428 mil votos. Porém, na sua última candidatura, no ano passado, para a Prefeitura de Curitiba, seu desempenho foi bem baixo, ficando em 3º lugar, abaixo de Greca e de seu colega de Assembleia Legislativa, deputado Goura, do PDT, que fez mais que o dobro de seus votos na capital. Especialistas dizem que Francischini conseguiu muitos votos em 2018 na base do “antipetismo”, que enfraqueceu bastante nos últimos anos no País e, também, nas sombras de Bolsonaro, que perdeu popularidade e anunciou nas redes uma ruptura com o deputado paranaense.

E, no último sábado (25), chamou a atenção uma publicação do jornalista e colunista de política, Fernando Tupan, sobre a possibilidade de João Arruda, do MDB, disputar também a vaga para o Senado, pela chamada “Frente Ampla Progressista do Paraná”.  O presidente estadual da sigla, deputado Anibelli Neto, tem em João Arruda um nome de confiança, desde os tempos em que lutavam juntos jovens pela democracia no País, no Paraná. Mas, o que estranha, é que João Arruda pretendia se afastar da política e se dedicar aos negócios e a família, oportunidade que tem mantido uma vida mais saudável e sem os “desgastes políticos”. Arruda também disputou a Prefeitura de Curitiba no ano passado, ficando em 7º lugar, abaixo de Greca, Goura, Francischini, João Guilherme, Christiane Yared e Carol Arns, fato este que o deixou desanimado com o ambiente eleitoral.

Ainda é cedo, mas, como podemos perceber, as articulações e negociações partidárias já começaram. É mais provável que os nomes que veremos nas urnas eletrônicas no ano que vem, para a disputa do Senado, sejam definidas bem mais pra frente, com segurança, pesquisa e cenário político “mais claro”.