TSE julga nesta terça-feira (19) caso de Francischini sobre mentiras de urnas eletrônicas disseminadas em 2018


Por Maximilian Santos Publicado 18/10/2021 às 17h48 Atualizado 19/02/2024 às 15h10

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgará pela primeira vez um caso de ataques e disseminação de fake news sobre as urnas eletrônicas, ocorrido na eleição de 2018, em uma Live, pelo deputado Fernando Francischini. Dependendo do julgamento e da decisão, o presidente do PSL no Paraná, da nova “União Brasil”, da fusão com o DEM, poderá ter seu mandato cassado.

O caso ocorreu no dia da eleição com a votação ainda aberta, em que Francischini disse que algumas urnas estavam fraudadas e não estariam permitindo o voto em Jair Bolsonaro. Na época, o deputado mantinha uma relação próxima com o presidente, que, hoje em dia, parece que já não se mantém.

O que chama a atenção neste caso é que a decisão poderá “moldar” outras situações parecidas e, principalmente, casos para a eleição do ano que vem, que promete ser repleta de mentiras e ataques ao sistema eleitoral. Em sua defesa, Francischini diz que não falava como candidato sobre as “possíveis fraudes” na Live e que sua colocação não influenciou no pleito, mesmo estando aberto e, ainda, alegou “liberdade de expressão”.

Lembre do caso Francischini X Bolsonaro

Na eleição do ano passado, Bolsonaro acusou, sem dar nomes, um candidato a prefeito de Curitiba de usar sua foto na campanha, mesmo sendo um “inimigo declarado”. “Alguns, inclusive, inimigos declarados meus, usando minha fotografia, como um candidato a prefeito lá de Curitiba fazendo isso aí”, disse. Pessoas próximas do presidente acabaram dizendo na imprensa que se tratava do deputado Francischini. Mas, com a repercussão, Bolsonaro e nem Francischini confirmaram que se tratava do deputado estadual.