UM VERDADEIRO CAOS SANITÁRIO! Após 1 ano de pandemia, eu só me lembro mesmo é das críticas ao pastor, no começo, por ter feito uma festa infantil em meio à “sorte”


Por Maximilian Santos Publicado 02/03/2021 às 18h12 Atualizado 19/02/2024 às 15h12

Nenhum país do mundo lidou de forma tão ruim com a pandemia do novo coronavírus como o Brasil, segundo um estudo publicado pelo Instituto Lowy, localizado em Sidney, que apontou respostas à crise em 98 países, com base em 6 critérios: mortes confirmadas; casos confirmados; casos por cada milhão de habitantes; mortes por milhão de habitantes; casos em proporção à testagem e testes por cada mil habitantes. Em um levantamento feito pela consultoria Atlas Político, os dados apontam que 64% dos entrevistados reprovam a forma como o transloucado presidente gestionou a chegada da Covid-19. Já morreram pela doença, no Brasil, o equivalente a toda população de Antonina (18.949), Morretes (16.446), Matinhos (35.219), Pontal do Paraná (27.915) e Paranaguá (156.174). É como se um desastre matasse quase todos os cidadãos do litoral paranaense! Com isso, os investimentos internacionais e a expectativa do povo com relação à economia se esfarelou. A maioria dos prefeitos e governadores no Brasil se dizem assustados com a ineficiência e a falta de competência do Governo Federal na gestão da crise e de um processo de vacinação perdido, lento e completamente ineficiente até então. O Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde está sendo amplamente criticado por secretários de saúde dos estados e municípios. Um verdadeiro desespero! Neste final de semana, atingimos a maior média de mortes por dia no País. Medidas restritivas foram necessárias para que o sistema de saúde (tanto público como particular) não entre em colapso. Na capital Curitiba, centenas de assegurados por planos de saúde particulares estão sendo atendidos pelo SUS, pois não há mais vagas em muitos hospitais credenciados privados. O SUS sobrecarregado! Greca pede “pelo amor de Deus” para poder comprar vacinas, que o Ministério da Saúde não permite. A situação piorou no período pós-Carnaval, onde milhares de pessoas viajaram, se aglomeraram e viveram em um mundo como se não estivéssemos passando pela maior pandemia dos últimos 100 anos.

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Mas, em meio a um presidente negacionista e que não acredita na ciência (como forma de “capim” para parte do seu público “gado”), em que chega a usar uma enquete na internet para defender o não uso de máscaras no dia em que batemos recordes de mortes, bem como de escândalos de corrupção e de desvios de verbas públicas por todo o País e, principalmente, por falta de fiscalização das prefeituras e dos estados, os comerciantes e prestadores de serviços se viram obrigados a fechar as suas portas. O motivo? O descaso durante o período do Carnaval! Quer exemplo? Pois então… Em Paranaguá, teve festa em clube social cheio de gente sem qualquer medida de segurança sanitária e, nem mesmo, qualquer atitude tomada pela suposta “fiscalização”. Ao ver os vídeos do clube só me lembrei do escândalo que foi uma suposta “festa de aniversário infanfil de um pastor” no começo da pandemia. Como as coisas mudaram, né? Fim de partida de futebol foi motivo de aglomeração e festa em um famoso bar da Av. José Lobo, com centenas de pessoas, também sem qualquer repressão das autoridades. Bares com proprietários poderosos na cidade eram vistos lotados, com pessoas sem máscaras e sem distânciamento. Pudemos ver também filas e mais filas com aglomerações nos supermercados e nas redes varejistas, sem qualquer cuidado. Nos bancos, era só dar uma passada em uma movimentada agência na Rua Faria Sobrinho e ver o descaso com as medidas sanitárias. Já em Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná, a imprensa mostrou claramente os balneários e praias lotados. Nos bares das avenidas “Beira Mar” das três cidades, era claramente possível vermos que não cumpriam a porcentagem de ocupação obrigatória e nem qualquer distanciamento.

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Agora eu me pergunto… Como é que queremos que a população tenha consciência, tome as medidas necessárias, se nem mesmo as pessoas que nos representam são exemplos? Qual a “moral” do governo para reprimir o povo? Um presidente que atenta contra a saúde apenas por questão política (contra vacina, contra máscara, contra as mortes) e que ainda tem apoio de alguns médicos que juraram “defender a vida”. O governador que, apesar do discurso coerente no anúncio das medidas, foi visto sem máscara ao lado do presidente na região Oeste. Quando o próprio pai do governador é visto em Santa Catarina com o presidente, em meio à aglomeração e sem o uso de máscaras. Quando vereadores e deputados postam fotos em suas redes sociais no meio de aglomerações em bares e festas sem máscaras. Me diga caro amigo leitor semanal… Qual é a moral do nosso Estado para controlar essa pandemia? Onde está a fiscalização? Quem é responsável por fiscalizar? Vigilância Sanitária? Guarda? PM? Quantas pessoas estão fazendo esse serviço na linha de frente? É suficiente? Por qual motivo vimos o cenário que vimos no Carnaval? O que fez certo, paga por quem fez errado? Tudo isso só me fez lembrar de uma coisa… do tal pastor em Paranaguá que foi malhado e duramente criticado por toda a cidade, no começo da pandemia, por ter feito uma festa infantil em sua casa… deve ser triste ver, depois de 1 ano, onde viémos parar com essa pandemia, depois de ser duramente apontado. Mas como diz uma frase do escritor e filósofo conservador Marquês de Maricá, que dirigiu um dos primeiros jornais do Brasil: “Custa menos ao nosso amor-próprio caluniar a sorte, do que acusar a nossa má conduta”. O que aparentemente fica claro é que tanto a população quanto o poder público estão levando as nossas vidas físicas e profissionais em meio a essa tal “sorte”, mas que, comprovadamente, estão nos conduzindo para um verdadeiro, triste e sofredor “azar”.

Porta da Esperança

Quem abriu as portas do seu gabinete para o prefeito Marcelo Roque (Pode), junto do diretor Empresarial da Portos do Paraná, André Pioli, foi o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex. Na pauta, a nova concessão do pedágio, que deverá contemplar até a “porta” do Porto de Paranaguá, com grandes investimentos e infraestruturas. Será que isso é sinal de “esperança” de vermos uma Av. Ayrton Senna decente? Todos nós abertamente esperamos que sim!

Cidade inclusiva

A vereadora Isabelle Dias (PSB) esteve em reunião com o diretor do Departamento da Pessoa com Deficiência e de Políticas Públicas para Acessibilidade, Felipe Braga Cortes, no Palácio das Araucárias, na capital. Na conversa, que foi acompanhada dos assessores Maria Eunice e Rafael Cunha e da Central de Libras de Curitiba, foram apresentadas as propostas do mandato e das oportunidades aos direitos e projetos para PcD parnanguaras.  Desde que assumiu como vereadora, Isabelle tem se mantido ativa na atuação legislativa.

Doutor(a) é quem tem doutorado?

Por falar em vereadora, cumprimentamos Vandecy Dutra (PP), de Paranaguá, por sua aprovação no Doutorado em Educação pela UFPR, a 6ª melhor universidade do Brasil. Desejamos saúde, sabedoria e muito “esperançar” para a também professora e futura doutora.