Viva o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ no Brasil, um dos países mais homofóbicos do mundo e o mais transfóbico


Por Stereo Pop Publicado 28/06/2021 às 13h39 Atualizado 19/02/2024 às 18h31

Nesta segunda-feira (28), comemora-se o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. Mas, temos motivos para comemorar?

No Brasil, de acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), uma morte por homofobia é registrada a cada 16 horas e o país é o líder no ranking mundial de assassinatos de transexuais, segundo dados publicados pela ONG Trangender Europe (TGEu).

Além da vergonhosa liderança em transfobia, o Brasil é o que mais consome pornografia trans. Que baita hipocrisia, né? Será que isso é o reflexo de uma sociedade que trata como crime qualquer outra orientação sexual que fuja da heteronormatividade e de instituições religiosas que usam o nome de Deus para pregar seus próprios preconceitos, alegando pregar “valores tradicionais” que contribuem para uma sociedade de conservadores pervertidos que repudiam publicamente demonstrações de amor da comunidade LGBTQIA+, mas que, na realidade, estão doidos para descobrir esse tipo de amor. É como dizem: “Freud explica”.

Ser LGBTQIA+ no Brasil é uma luta diária. Luta pelo direito de viver, de ser ouvido, de não ser vítima de ódio e opressão. Apesar de tudo, vamos comemorar, sim, com a esperança de uma sociedade livre de homofobia e preconceito.

Separamos algumas produções que trazem consciência, representatividade e que fazem questão de dar um tapa na cara da imensa hipocrisia da sociedade. Confira:

Pose” vem fazendo história com o protagonismo trans nas telas. Credito Divulgação/ Netflix

– “Pose” – A produção se passa nos anos 80 e traz o protagonismo trans nas telas. Assinada por Ryan Murphy (“American Horror Story”, “Glee”, “The Politician”), a série mostra os eventos que são símbolo da resistência e dar arte da comunidade LGBTQ, os ballrooms, em que diferentes casas competem entre si, com coreografias e figurinos, em uma batalha por aceitação e reconhecimento dentro da própria comunidade.

Essas casas são locais que abrigam jovens homossexuais e transexuais que não tem onde morar.

A trama ainda aborda a prostituição, rejeição pela sociedade, a descoberta do HIV, entre outros assuntos, por meio de diálogos densos e que prezam pela conscientização.

Assista na Netflix.

“Tio Frank”, uma história de cumplicidade, superação e de quebra de preconceitos que deve ser assistida por todos. Cred Divulgação / Amazon Prime Video

– “Tio Frank” – Este longa do Amazon Prime Video se passa nos anos 70 e traz a jovem Beth (Sophia Lillis), de 18 anos, que sai de sua cidadezinha da Carolina do Sul, em que morava com sua família conservadora, para fazer faculdade em Nova Iorque, cidade em que seu tio Frank (Paul Bettany), parente que tem mais afinidade, é professor de literatura. Lá, ela descobre sem querer que seu tio é gay e é casado com um homem há mais de 10 anos. Nervoso, Frank pede segredo à jovem por não querer revelar a verdade à família, com quem tem um relacionamento repleto de traumas. Porém, com a morte repentina do pai de Frank, tio e sobrinha precisam voltar à cidade natal, em que Frank passou uma infância marcada por intolerância, sendo vítima de preconceito e opressão por aqueles que deveriam ter mostrado apoio e amor.

Aponte o seu celular para o QR Code e confira um pouco mais do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ e outras dicas de entretenimento.