Convenção Coletiva dos Vigias Portuários e Arrumadores mantém taxas de serviços em 114,75%


Por Redação Publicado 25/12/2021 às 12h47 Atualizado 16/02/2024 às 22h22

Próximo da comemoração do Natal, diretorias dos sindicatos dos Vigias Portuários e Arrumadores presenteiam seus trabalhadores com o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado do Paraná (Sindop).

Numa negociação feita à base de diálogo entre o presidente do Sindop, Edson Aguiar, e o presidente do Sindicato dos Vigias Portuários de Paranaguá, Marcos Ventura Alves, as entidades patronal e laboral fecharam, de forma antecipada, a negociação da CCT, que terá vigência até 2023.

O presidente dos Vigias conseguiu manter, para os próximos dois anos, o aumento aproximado de 114,75% nas taxas de serviços, conquistadas na convenção de 2019 a 2021 junto ao Sindop, encerradas no final de outubro. 

“Marcos é uma pessoa tranquila, um grande negociador”

As cláusulas que serviram de base para o fechamento da nova Convenção Coletiva de Trabalho, que vai vigorar até 2023, de forma inédita, foram aprovadas antecipadamente pela categoria na Assembleia realizada dia 15 de outubro, onde também foi apresentada e aprovada por unanimidade a prestação de contas de 2020.

Na oportunidade, o presidente Marcos Ventura explicou aos associados que o motivo de não haver qualquer reposição inflacionária, nesta nova CCT, deve-se ao fato de todas as perdas salariais terem sido quitadas na negociação finalizadas em 2019, inclusive as antecipações inflacionárias.

Presente na assembleia, o assessor jurídico dos Vigias, o Dr. Raudimar Andrete, destacou que na CCT encerrada em outubro, o índice inflacionário em negociação era apenas 7,24% e ficou definido um reajuste salarial de mais de 114%. Ele frisou, ainda, a sagacidade do presidente Marcos de antecipar a renovação do acordo, pela importância de a categoria estar protegida, por um instrumento coletivo, num momento onde o cenário atual político tem se mostrado amplamente desfavorável ao sindicalismo no país.

FUNDO SOCIAL, SEGURO DE VIDA E DENTISTA

O presidente Marcos conseguiu, também, novas conquistas para os vigias portuários e destacou a implantação inédita na história da categoria, que foi a instituição do Fundo Social de 3,2% do montante da mão de obra, que será destinado para manter e, eventualmente, estender os benefícios de assistência social a todos os associados.

“Essa questão do Fundo Social foi muito importante para todos os vigias e o bom senso dos operadores portuários, por meio do Sindop, foi fundamental para se garantir uma ferramenta financeira a mais a ser usada em favor da assistência social dos trabalhadores. É um benefício que não tínhamos e jamais iremos querer perdê-lo, enquanto estivemos à frente da categoria. Afinal, não se pode perder direitos e sim aumentá-los. É nossa responsabilidade, quando assumimos, gerir a vida profissional dos nossos associados”, defendeu Marcos Ventura. 

Ele ainda ressaltou o fornecimento aos trabalhadores do Seguro de Vida e também de Plano Odontológico gratuito ao associado e lembrou que, nesta sua nova gestão, houve ações relevantes no sindicato, entre elas a reestruturação da Sede Social e a migração de 30 profissionais oriundos do Sindicato dos Consertadores de Carga do Estado do Paraná, com o aval do Sindop.

Sede do sindicato passou por reforma. Foto: Diogo Monteiro/JB Litoral

Presidente do Sindop elogia liderança de Marcos Ventura

Procurado pelo JB Litoral, o presidente do Sindop, Edson Aguiar, falou sobre a negociação com a direção sindical dos Vigias Portuários e elogiou a liderança do presidente Marcos Ventura. Disse, ainda, que o fechamento da CCT foi tranquilo, com os dois lados defendendo os seus interesses, cada qual buscando um equilíbrio, que, no final tudo deu certo. “Negociação com uma pessoa que nem o Marcos, pessoa maravilhosa, chefe, presidente dos Vigias da Intersindical, um homem reto, íntegro, que não perde o foco de trazer o benefício para sua classe, sua categoria, mais do que isso, pois em um passado recente, até mesmo absorveu os companheiros Consertadores, que viviam sempre numa situação mais complicada, por falta de carga onde pudessem trabalhar. O Marcos é um grande líder, uma pessoa tranquila, um grande negociador. Tenho certeza que dirige muito bem o seu sindicato e a sua categoria deve estar muito feliz com os resultados que ele conseguiu”, afirmou o presidente.