Emanuel Moraes faz o lançamento de “Perfeitas Mentiras” na Casa Cecy dia 10


Por Redação JB Litoral Publicado 08/07/2015 às 12h21 Atualizado 14/02/2024 às 08h38

Na próxima sexta-feira (10), mais uma obra-prima da literatura do Paraná chegará, em primeira mão, aos parnanguaras com o lançamento do livro “Perfeitas Mentiras”, do graduado em Publicidade, Propaganda e MBA em Marketing Promocional e Merchandising, Emanuel Moraes, um parnanguara por adoção. 

Filho da renomada professora Shirley Matiazi Rosa e do escrivão do Tribunal de Justiça do Paraná, Aristóteles Coelho Rosa Junior, desde os cinco anos de idade Emanuel está em Paranaguá. Poliglota e com fluência em três línguas além do português, o mais novo escritor é um apaixonado por filmes, séries de TV, música e obcecado por livros, razão pelo qual investiu em sua primeira obra.

Com assinatura da Chiado Editora, o livro “Perfeitas Fantasias” terá seu lançamento nesta sexta-feira, às 18hs40 na Casa Cecy, onde haverá um pequeno coquetel para a apresentação, venda e dedicatória dos livros.

O livro tem como público alvo, jovens e adultos a partir dos 16 anos e é uma série que o jovem escritor pretende investir mas que ainda decidiu até que volume irá. Todavia ele já escreveu até o terceiro livro que será vendido aqui no Brasil e em Portugal.

Criação e inspiração

O JB teve acesso a uma entrevista exclusiva que o escritor que falou sobre o processo de criação e inspiração para escrever. “Sempre gostei de escrever, desde criança tinha cadernos de poemas, mas nunca pensei em realmente escrever algo que pudesse ter algum significado para alguém além de mim mesmo. Em 2011 eu comecei a pensar escrever o livro, havia passado por questões bastante pessoais, acredito que sejam situações que todos passam em relação a família, amizades e relacionamentos.

Mas em uma conversa com uma amiga estávamos falando o quanto tudo o que nos acontecia parecia um pouco maior e mais dramático do que com as outras pessoas, para nós era algo muito grande e de proporções absurdas e que tínhamos que lidar de qualquer forma.

O livro foi nascendo e comecei a escrevê-lo em 2012 baseando em minha vida e dos meus amigos, mas não de uma forma nua e crua, mas sim em relação aos sentimentos aos acontecimentos dignos de novela, a todo o drama que as pessoas sempre pensam que não saem da tela da TV da sala, mas nem imaginam que possa ser uma realidade.

Então o escrevi mais como uma forma de me livrar de muitos “fantasmas” que naquela época estavam me rodeando. Precisava de alguma forma tomar o controle da minha vida e entender tudo o que me aconteceu na época e o que estava passando. Isso me ajudou e acabou se tornando algo a mais.

No livro falo sobre um grupo de amigos de vinte e poucos anos, afortunados em todos os quesitos e herdeiros cobiçados da alta sociedade, que estão lindando com a percepção de terem vivido uma mentira muito bem contada desde que nasceram. De viverem algo que foi imposto a eles desde berço, crescendo em um mundo onde sorrir no momento certo pode definir a sua vida toda. Mas como saber quem é você quando na verdade você não tem ideia de quem pode ser. E quando não sabemos quem podemos ser, somos capazes de tudo.

Cada um deles possui um segredo que tentam esconder, além de estarem tentando de todas as formas deixar um passado terrível para trás e voltarem a viver a vida deles da melhor forma possível, mas sempre há consequências ao tentar fugir de algo. Eles precisam lidar com as situações e cada personagem lida do seu jeito, entrando em uma mentira maior que a outra para esconder seus segredos e as suas verdades. Como se livrar de algo que lhe foi imposto? Você tem certeza de que quer se livrar?

No final de tudo, as suas melhores amigas são as Perfeitas Mentiras de que tanto quer se livrar.

Pode parecer uma história fútil, mas é extremamente psicológica e retrata muito bem a pressão que os jovens de hoje, seja de qualquer classe social ou de qualquer parte do mundo, recebe nos ombros em uma sociedade que já espera algo deles.

Nascemos já predestinados a algo, com um carimbo na testa cheios de expectativas, preconceitos que deverão ser vencidos, provações e batalhas que serão arduamente travadas, e tudo isso se intensifica aos vinte e poucos anos quando você realmente começa a criar uma visão real sobre o mundo e sobre si mesmo. Como a pensar em realmente quem é você e quem você quer ser. E descobre que muitas vezes é bem diferente de quem você precisa ser.

Acredito que muito irão se identificar, é uma história onde os personagens vão mudando a cada capítulo, e o narrador segue essa mudança e é perceptível na escrita do livro. Eu quis que o leitor sentisse que, em certos momentos, era para ser corrido, em outros mais demorado, em outros com detalhes extremos, como se realmente estivesse dentro da história. Então não há uma forma contínua de escrita, conforme a história muda, a forma de escrever acompanha e se transforma.

O que mais gosto é que não há mocinhos”.