Portos e Forças de Segurança buscam alternativas para conter crimes na área portuária


Por Redação Publicado 20/06/2021 às 11h20 Atualizado 16/02/2024 às 05h30
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Um dos crimes mais comuns em Paranaguá, as “vazadas”, quando bandidos abrem as bicas dos caminhões de grãos para roubar a carga, têm sido uma das grandes preocupações na área portuária de Paranaguá. Agora a Portos do Paraná e as forças de segurança que atuam em Paranaguá retomaram as atividades do Gabinete de Gestão Integrada. A Polícia Civil tem deflagrado diversas operações com o intuito de descobrir os responsáveis pelo esquema criminoso que lesa empresas, motoristas e a própria cidade.

O grupo fará reuniões periódicas de busca de soluções contra o crime organizado. “O objetivo é que essa reunião aconteça a cada 40 ou 45 dias. Nelas, vamos traçar algumas estratégias e todos teremos o mesmo objetivo: diminuir a criminalidade na área de influência portuária, discutir soluções para o fluxo de caminhões nas vias de acesso ao porto e combater o desvio de carga”, explicou o diretor jurídico da Portos do Paraná, Marcus Freitas.

A ideia é padronizar as ações e buscar soluções para crimes na área portuária. As primeiras operações aconteceram na quinta (17) e sexta-feira (18), com apreensão de 15 toneladas de produtos e os envolvidos encaminhados para a Delegacia de Paranaguá.

Representante da prefeitura, o secretário de Segurança, João Carlos Silva, também enfatizou a união de forças. “Essa integração é importantíssima para diminuir os crimes na área portuária. Vale lembrar que essas vazadas englobam os crimes de furto, roubo, tráfico. A força-tarefa é um somatório de esforços que beneficia não só a economia da cidade, como a segurança de toda a população parnanguara”, disse.

Integração

Participam do esforço a Unidade Administrativa de Segurança Portuária (Uasp), Polícia Federal, Polícia Militar (1ª Companhia do 9º Batalhão), Rotam, Agência Local de Inteligência, Corpo de Bombeiros, Policiamento Aéreo e Polícia Ambiental, Polícia Civil, Receita Estadual, Prefeitura de Paranaguá (Guarda Municipal) e a Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá (Atexp).

Para o gerente da Uasp, Major Cezar Kamakawa, a somatória dos esforços se traduz naturalmente em resultados positivos e voltados para a sociedade. “A ideia é realizar operações conjuntas para que se contenha a criminalidade. Nosso foco de atenção se volta para questões relativas à vazada, receptação dessas cargas ilícitas e identificação dos criminosos”, destacou.

O capitão Ivan Luiz Matsuzava, da PM, ressaltou a importância da troca de informações entre as forças de segurança. “Atuamos para evitar esse tipo de atividade criminosa em Paranaguá e buscar soluções que não sejam só paliativas, mas para resolver o problema de forma definitiva”, explicou.

Segundo Matsuzava, a Agência Local de Inteligência do 9º Batalhão do Litoral da Polícia Militar fez o levantamento de alguns locais, principalmente ligados à receptação do material derramado dos caminhões. “O objetivo é combater a armazenagem desses produtos furtados”, apontou.

Com informações da AEN