1ª Regional de Saúde destaca o controle da dengue em Paranaguá

Por Redação JB Litoral Publicado 16/08/2017 às 21h54 Atualizado 14/02/2024 às 21h24

Nesta semana, o JB falou com a Chefe da 1ª Regional de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SESA), Ilda Natsuko Nagafuti, que gerencia o setor em Paranaguá e em todo o Litoral. Enfermeira de carreira, ela iniciou suas funções na saúde pública em 1983 no antigo Hospital Infantil Dr. Antonio Fontes. Desde 1989 atua na SESA, tendo amplo conhecimento da saúde pública paranaense, fato que a credenciou a ocupar o cargo em uma das regionais mais importantes de todo o estado. Nesta entrevista, ela fez uma síntese da situação da dengue, Zika vírus e chikungunya na cidade.

Chefe da 1ª Regional satisfeita com os resultados positivos

De acordo com Ilda, as estratégias instituídas pelo Estado do Paraná no combate à dengue estão sendo efetivas. Tudo está sendo desenvolvido com um trabalho tripartido entre Universidade Federal do Paraná (UFPR), SESA e Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA). “Estamos seguindo com o monitoramento de focos, incentivos à instituição do comitê gestor no combate ao Aedes Aegypti, visitas domiciliares, mutirão de remoção de criadouros, fumacê, entre outras ações”, afirma Ilda Nagafuti.

Segundo a diretora da Regional de Saúde, em maio foi feita a aplicação de UBV pesada, pelo quantitativo de focos de larvas e mosquitos Aedes Aegypti identificados.

“Para evitar uma nova epidemia, a recomendação é para que cada um de nós reserve um dia na semana e realize uma limpeza em nossos quintais. Vale também para o ambiente de trabalho na atuação de remoção de criadouros potenciais de água parada”, explica Ilda. “O mosquito leva de três a sete dias para se desenvolver de ovo a sua forma adulta, portanto uma semana é o período de intervalo máximo para realizar as vistorias”, informou

Vacinação

A diretora destaca, ainda, a vacinação realizada na cidade e em outros municípios com alto índice de casos da doença nos últimos anos. “A vacinação contra a dengue faz a proteção contra os quatro grupos: Den1 – Den2 – Den3 – Den4. Por isto solicitamos a ampla adesão da nossa população para a campanha, pois a certeza na adesão dos 100% da população eleita nos daria uma segurança maior de proteção. A partir de 20 de setembro teremos a terceira dose para as pessoas que iniciaram o esquema em agosto do ano passado e a segunda dose para as pessoas que tomaram a primeira dose em março deste ano”, complementa.

Redução de 98% de casos de dengue

Ilda lembra que ocorreu uma situação favorável entre agosto de 2016 a julho de 2017, que apontou uma redução de 98% dos casos de dengue comparados ao período anterior. “Apesar disto, a nossa população está deixando de cuidar dos seus quintais para evitar água parada, por isto voltamos a apelar a cada uma das pessoas que precisamos fazer nosso dever semanal de remoção de criadouros, algo que é o maior e melhor instrumento para vencer este inimigo que é o Aedes Aegypti“, afirma a Chefe da 1ª Regional.

Equipe atuando no combate e orientação da dengue. Foto/PMP

Ela alertou ainda que, além da dengue, é necessário que a população continue investindo na prevenção e também na possibilidade de epidemia de outras patologias. “O mosquito Aedes Aegypti pode causar muitas outras doenças como chikungunya, Zika vírus e febre amarela urbana. Portanto, os cuidados com o Aedes não podem parar”, finaliza a diretora.