CIDADES
Por Cleverson Teixeira
Na quarta-feira (24), a prefeitura de Guaraqueçaba publicou um decreto, declarando estado de calamidade pública no município. A determinação leva em conta os problemas das áreas de saúde e economia, os quais foram gerados pelo avanço da Covid-19. Para que a situação da localidade seja aceita pelo Governo do Estado, o Projeto de Lei (PL 058/2021) será analisado pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), no dia 29 de março.
“Atualmente, Guaraqueçaba tem uma população carente, tendo em vista que ocupamos a 396ª posição no IDH dentre os 399 municípios que compõem o Estado do Paraná. Situação seriamente agravada pelo fato de que somos um dos municípios com maior índice percentual de infectados, sendo que possuímos 73,94% de positivados, nos exames realizados pelo Laboratório Central do Estado (LACEN-PR), conforme informação do Gerenciamento de Ambiente Laboratorial (GAL)”, diz um trecho do ofício encaminhado ao órgão estadual e assinado pela prefeita Lilian Ramos Narloch.
O documento aponta, ainda, dificuldade de acesso entre as regiões urbanas, rurais e ilhas, já que a cidade possui diversos pontos que fazem divisa com o estado de São Paulo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Guaraqueçaba possui 7.594 habitantes. “O município é composto por 16 comunidades rurais e 25 insulares, todas de difícil acesso. Sendo que as comunidades estão dispostas dentre toda a sua extensão territorial, resultando, assim, em mais de 400 quilômetros de estradas vicinais”, destaca.
Além disso, o órgão municipal expos seu descontentamento com o Governo por meio de questões que envolvem a estrada da cidade e outras repartições estaduais. “Com relação ao enfrentamento da Covid-19, não há nenhuma ação de prevenção ou fiscalização por parte do Governo do Paraná. É um claro descaso com a população guaraqueçabana, a qual já sofre com o isolamento decorrente da ausência de pavimentação da PR405. As instituições do governo do estado, responsáveis por prestar atendimento à população, especialmente a Polícia Militar e o Hospital Regional de Guaraqueçaba (HRG), não possuem embarcações”, afirma.
Outras reivindicações
Assim como a adoção de providências de medidas de enfrentamento do novo coronavírus e de estruturação de um sistema de remoção de urgência de pacientes atendidos pelo HGR, a prefeitura encerra a carta reivindicando outras ações às autoridades do Estado.
“Nesse sentido, enfatizamos a necessidade de adoção de medidas urgentes, tais como: reforço no quadro de funcionários do Hospital Regional, aquisição de insumos, solicitação de equipamentos permanentes para embarcação, respiradores e contratação de exames laboratoriais para demanda de evolução diária dos internados”, finaliza.