Ampliação do abastecimento de água em Antonina deve ser concluída neste ano


Por Redação JB Litoral Publicado 30/01/2019 às 15h51 Atualizado 15/02/2024 às 06h57

O problema crônico de falta de água em Antonina deve se normalizar ainda neste ano, segundo o Oficial Técnico Administrativo do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto da cidade (SAMAE) e, também, Vereador, Paulo Roberto Broska (PSDB), conhecido por “Paulinho do SAMAE”. Com o objetivo de sanar os transtornos, agravados, principalmente, durante a temporada de verão, está sendo feita a ampliação do sistema de abastecimento de água, na cidade.

A obra, iniciada em julho de 2018, no valor de mais de R$ 7 milhões, tem previsão para ser concluída em janeiro de 2020, porém, já está bem adiantada, com estimativa de ser finalizada em setembro deste ano. O projeto prevê a construção de uma nova barragem, no Rio Jantador, reforma da atual barragem, no Rio Xaxim, restauro do booster (pressurizador de rede de água, tipo moto-bomba), construção de uma nova adutora e, ainda, a modificação da estação de tratamento da cidade.

Com essa duplicação da adutora, vamos resolver o problema da falta de água na cidade. Além disto, com a reforma na estação de tratamento, que irá passar de simples desinfecção de água para uma estação convencional, teremos espaço para o melhor cuidado com a água, com decantação, floculação e filtração”, explica Broska.

Demanda é maior que a oferta

Atualmente, a população capelista recebe, por gravidade, 17 litros de água por segundo e, com o conjunto moto-bomba, esse número sobe para 35 litros por segundo. No entanto, a necessidade real dos moradores gira em torno de 70 litros, especialmente nos horários de pico, que compreende das 8h às 14h e das 18h às 21h. Ou seja, existe um déficit de cerca de 45 litros de água por segundo, o que ocasiona o desabastecimento.

Segundo Paulinho do SAMAE, a duplicação da adutora já havia sido prevista em 2002, porém, apenas em 2014 o projeto foi realizado e, somente em 2018, os recursos foram realmente adquiridos. “O valor foi liberado por meio do Governo Federal, pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em 2014, entretanto, nenhum prefeito anterior correu atrás de adquirir. Apenas em 2017, o atual Prefeito, José Paulo Vieira Azim, foi em busca deste recurso, fez um novo convênio com a Funasa e teve coragem de implantar este projeto”, afirma.

Nova barragem de captação de água, em Antonina, está 70% concluída.

Falta de água existe desde 2005

De acordo com relatos, a falta de água assola a cidade desde 2005 e, até hoje, as promessas de sanar o problema são inúmeras. A ampliação do sistema de abastecimento é a única esperança dos moradores, que enfrentam o calor escaldante da região, diariamente, com água racionada e, até mesmo, muitas vezes, sem nenhuma gota. “Desde 2005, quando saí da diretoria do SAMAE, não foi mais investido em melhorias para o sistema. A cada quinquênio, temos que aumentar o sistema de água em torno de 5 litros por segundo e, estamos desde 2005 sem investir. Somente nesta gestão tivemos determinação para enfrentar este problema”, declara Broska.

Ele afirma que, após a conclusão da obra, os moradores receberão 70 litros de água por segundo, sanando a necessidade da população e, finalmente, corrigindo o problema do desabastecimento. “Acreditamos que até o natal deste ano isto já esteja resolvido. A falta de água está acontecendo mais frequentemente porque, naturalmente, com as reformas, também perdemos mais 10 litros de água por segundo. No entanto, depois de tudo pronto teremos água em abundância”, diz.

Ele pede ainda para que a comunidade aguarde com paciência. “A gente sabe que faltar água é um problema muito grave, ainda mais neste calor. Mas é uma situação que a gente tinha que encarar e fazer. Não foi investido antes porque não havia dinheiro, mas assim que recebemos o recurso, demos entrada nas obras”, declara.

Cuidado com o meio ambiente

Como a construção está acontecendo em uma Área de Proteção Ambiental (APA) da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), no meio da Mata Atlântica, muitas licenças ambientais foram necessárias para dar início às obras.

De acordo com João Batista, Supervisor da Trix Engenharia, empresa que está realizando os trabalhos, a companhia sempre teve preocupação com o meio ambiente e, na região, o cuidado é mais que dobrado. “Nós conseguimos fazer essa rede sem tirar uma árvore, sem realizar intervenções no meio ambiente, preservando a fauna e a flora da região”, afirma. Segundo ele, diretores da SPVS visitaram o local das obras, para realizar fiscalizações ambientais e saíram satisfeitos com o resultado.

Ele ainda conta que, além do objetivo final, que é levar água à Antonina, a Trix também está preocupada com a geração de emprego e renda para moradores da cidade. “Em torno de 30 funcionários trabalham nesta obra e, em sua maioria, são capelistas, pois a empresa tem esta consciência social e deseja auxiliar na geração de empregos”, diz.

O Supervisor das obras, João Batista, acredita que até setembro a nova rede de abastecimento esteja concluída.