Aquário Marinho inicia atendimento com entorno precário e precisando de reforma


Por Redação JB Litoral Publicado 27/01/2014 às 21h00 Atualizado 14/02/2024 às 01h29

Um dia antes da inauguração do Aquário Marinho a reportagem do JB fez o registro da situação do seu entorno e constatou a necessidade de reformas e melhorias, enquanto as obras do Governo do Estado do projeto do novo entorno não iniciam.

Mesmo ciente da necessidade de melhorar as condições de recebimento dos turistas ao Aquário, em razão da demora de sua conclusão, a prefeitura se viu obrigada improvisar na solenidade de inauguração para evitar constrangimento junto às autoridades.

A principal providência neste sentido foi a de esconder, com uma cerca feita de compensado metálico, a desgastada estrutura do Mercado do Peixe que fica ao lado do Aquário Marinho. A intenção da prefeitura foi evitar a comparação da nova obra com a precariedade do prédio público, sujo e com pintura desgastada. A prefeitura teve quase dois anos para retirar os permissionários do local e levá-los para o Mercado novo. Porém, a gestão do prefeito José Baka Filho (PDT) optou por descaracterizar o projeto original do Mercado, que contemplava espaços para venda de pescado, transformando-o no que hoje é ofertado ao público. Até hoje não se sabe o destino das pias metálicas que estavam na estrutura original.

Pode-se observar que ao redor do Aquário Marinho não foi colocada, ao menos, grama de paisagismo em torno do prédio e até mesmo pichação nas bocas de lobo ao lado da obra foram retiradas. O único banheiro público, construído na gestão anterior, no dia da inauguração fazia quase três semanas que estava fechado. A poucos metros do Aquário se encontra um dos maiores crimes contra o patrimônio histórico da cidade, que é o total descaso com o chafariz com caricatura do Deus do Vinho, que marcou a inauguração da água encanada em Paranaguá, no ano de 1914. Uma obra de arte que, este ano, completa 100 anos de existência. Esta obra que é da Fundição Val Dosne, do importante escultor francês, Marthurin Moreau, atualmente só existe dois exemplares no país, a outra está no Rio de Janeiro. Parte do chafariz foi furtada e a peça apresenta desgastes visíveis no bronze, fruto da falta de zelo e manutenção com o patrimônio público por todas as administrações que passaram pela prefeitura nas últimas décadas.

Poucos metros diante do Aquário, próximo da passarela da Ilha dos Valadares, todo o conjunto de quiosques e bares está com as paredes faltando cerâmica, proporcionando um visual de sucateamento dos prédios públicos.

Apesar da Câmara Municipal ter aprovado e a prefeitura já ter doado toda a área de entorno do Aquário para que o Governo Estadual realize a obra no local para atrair ainda mais turistas, até o momento nada foi feito. No projeto consta a construção de uma Estação Náutica, onde serão feitas vendas de passagens para os turistas que vierem ao aquário e quiserem conhecer as várias ilhas parnanguaras. Segundo a assessoria da prefeitura, o local terá “1.124 metros quadrados, sendo que 433 serão para circulação externa, mais 408 para o acesso ao píer e 765 para o trapiche”. Além da estação, o Mercado Nilton Abel de Lima terá uma ampliação, totalizando uma área de 2 mil metros quadrados. Outra novidade do local será a vinda dos vendedores do Mercado do Peixe, algo que fará com que o local tenha lixeiras e até mesmo uma fábrica de gelo.

No dia 24 de outubro do ano passado, o prefeito Edison Kersten (PMDB) assinou autorização para que as obras de entorno fossem iniciadas pelo Governo do Estado, isso foi feito após apresentação dos projetos finais de engenharia do local. No momento, o processo está em fase de licitação, para que se escolha uma empresa para executar o projeto, fazendo com que o entorno seja revitalizado.