Bento Rocha está com remendos, semáforo apagado e ciclovia detonada


Por Redação JB Litoral Publicado 21/04/2016 às 06h00 Atualizado 14/02/2024 às 13h12

Passado um ano do anúncio da concorrência pública 28/2015 pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), que previa um valor máximo estimado de R$ 14.665.313,88 para contratação de empresa para a execução das obras de recuperação, a Avenida Bento Rocha se tornou uma perigosa aventura, com iminente risco de morte, para motoristas e ciclistas.

Sem nenhuma manutenção nos governos de Roberto Requião, Orlando Pessuti, ambos do PMDB e Beto Richa (PSDB) por mais de uma década, trafegar nos 2.898,34 metros da avenida é um desafio diário para caminhoneiros, motociclistas e ciclistas.

No final de semana, o JB percorreu a extensão da avenida, desde a ponte do Rio da Vila Guarani até o Terminal da PASA e se deparou com o descaso do Governo do Estado, através da APPA, que aguarda a conclusão do processo licitatório anunciado em abril, com propostas abertas somente em novembro do ano passado.

Com remendos de asfalto mal feitos na base de concreto, rachaduras em diversos pontos e perigosas laterais de concreto onde um dia foi uma ciclovia, a Bento Rocha, à noite, não conta com o necessário funcionamento do semáforo no cruzamento com a Avenida Coronel Santa Rita, que dá acesso aos terminais da Cattalini, União Volpak e Petrobras. Sem sinalização e com iluminação precária, os governos Estadual e Municipal se tornam cúmplices de possíveis fatalidades que possam ocorrer na via.

Durante esta vistoria, a reportagem se deparou ainda com um crime que se tornou comum naquela região, que são as “vazadas” (abertura de bicas e traseiras de caminhões), que trazem prejuízos e aumentam o perigo no tráfego de veículos.

Empresa vencedora

Depois de sete meses do anúncio e tramitação, duas empresas foram classificadas para execução da obra na Avenida Bento Rocha: São Paulo Engenharia Ltda, que apresentou um preço de R$ 14.657.356,95 e CIMA Engenharia e Empreendimentos Ltda, com um valor de R$ 14.664.244,21.

Porém, no dia 28 do mês passado, a empresa CIMA foi inabilitada pela APPA, que constatou a não comprovação do desempenho técnico da empresa, segundo exigências do edital. O anúncio da inabilitação da empresa CIMA consta no processo na APPA, tendo como informação o edital divulgado no Diário Oficial do Paraná, edição 9665 de 29 de março de 2016. Porém, curiosamente, o documento não aparece na edição que consta no portal da Transparência do Governo do Paraná. Veja o estado da Bento Rocha atualmente.