Com epidemia de dengue apenas o Clube Olímpico adia tradicional baile de Carnaval


Por Redação JB Litoral Publicado 21/01/2016 às 19h00 Atualizado 14/02/2024 às 11h54

No dia 7 deste mês, o vereador Arnaldo Maranhão (PSB) protocolou o pedido do cancelamento do Carnaval de rua em razão da epidemia da dengue que assola a cidade. 

Negado num primeiro momento pela prefeitura, depois de ouvir o clamor da população, o prefeito Edison de Oliveira Kersten (PSB) reconsiderou a decidiu adiar a festa, depois de falar com a Associação das Escolas de Samba de Paranaguá (AESP) e demais segmento da sociedade.

Segundo a prefeitura, a mudança não teve a ver com a questão epidemiológica, mas de respeito aos parentes de vítimas da doença e porque não há clima para festas na cidade. Assim, as tradicionais festividades de carnaval de Paranaguá devem ocorrer no mês de julho.

Entretanto, as mortes ocorridas em razão da dengue sensibilizaram a população e segmentos que também investem em festas no período carnavalescos e tradicionais atrações da Folia de Momo foram canceladas voluntariamente.

A primeira delas foi o Banho a Fantasia, feito pela família Moura, onde os sucessores do saudoso carnavalesco Antonio Moura decidiram adiar o evento que abre o Carnaval de rua.

Nesta semana foi a vez do Clube Olímpico de Paranaguá que, em solidariedade das famílias que perderam seus entes queridos para dengue, também decidiu adiar seu tradicional baile de salão, “Baile Tricolor” e transferindo para o dia 29 de julho o adulto e dia 31 o infantil.

O presidente Luiz Caetano defendeu que o momento não é de alegria e nem de festejar e sim de unir forças para combater a dengue na cidade.

Todavia, outros dois tradicionais bailes, o “Vermelho e Preto” do Clube Atlético Seleto e o “Vermelho e Branco” do Clube Litterário estão mantendo a data de seus eventos, mesmo com a cidade em plena epidemia de dengue que já ceifou duas vidas.

O problema maior se concentrará justamente no baile “Vermelho e Branco”, uma vez que é realizado na sede campestre do Clube Literário, apesar da entidade ter a opção de fazê-lo na sede social que fica no centro da cidade.

A sede campestre fica diante da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e do Hospital de Campanha, onde estão sendo atendidas as pessoas com suspeita de dengue e demais enfermos que buscam auxílio médico.

No retorno do seu programa na rádio Litoral Sul FM, “Prestando Contas” nesta semana, o vereador Maranhão fez uma defesa contundente em favor de uma maior preocupação com o combate a dengue cobrando medidas mais eficazes por parte do Poder Público.

Ele disse que no retorno do recesso legislativo irá pedir o cancelamento do Carnaval de rua que foi adiado. “Porque a cidade não pode ficar um ano sem Carnaval?” questionou o vereador, mesmo sendo ele um dos políticos que mais prestigia a Folia de Momo todos os anos na cidade.