Criminalidade cai no Litoral durante o feriado de Carnaval
As ações de prevenção e operações das forças policiais no Litoral, durante cinco dias do feriado prolongado de Carnaval, em festas e bailes públicos, reduziram os furtos (-31,30%) e roubos (-42,86%) na comparação com o Carnaval do ano passado. As diligências da Polícia Civil e as ações ostensivas da Polícia Militar colaboraram ainda para o aumento de 14,02% de prisões (de 107 para 122). O número de homicídios foi o mesmo nos dois anos durante o período, com dois registros deste tipo de crime. O balanço foi divulgado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.
As atividades foram reforçadas com policiamento ostensivo e operações e investigações mais intensas, além da atuação da Polícia Científica e do Departamento Penitenciário, com o objetivo de elevar ainda mais a sensação de segurança para moradores e veranistas.
O comandante do 6º Comando Regional da PM e coordenador operacional da Polícia Militar no Verão Maior, coronel Nivaldo Marcelos da Silva, explica que o planejamento de aplicação de efetivos e equipamentos foi importante para distribuir os policiais de maneira que todos os locais em que houvesse concentração de público fossem atendidos pela PM. “Mapeamos todos os locais onde haveria festas de Carnaval e colocamos policiamento nos dias e horários necessários. Isso, aliado ao policiamento ostensivo, trouxe esses resultados. Houve um decréscimo nas ocorrências de uma forma geral”, explicou.
O aporte tecnológico teve papel importante na redução dos crimes. Pela PM, também auxiliaram na estratégia de aplicação de policiamento nos grandes eventos as câmeras de alta capacidade da Plataforma de Observação Elevada (POE) e do ônibus da Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico e Qualidade, além dos drones do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) e do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv). Viaturas com tecnologia embarcada das polícias Militar e Civil, aliadas ao reforço de efetivos nas ruas e delegacias, garantiram mais agilidades no atendimento à população.
Grupos especializados
Pela Polícia Civil, os grupos especializados também atuaram em situações especiais. O Grupamento de Operações Aéreas (GOA) fez diligências e missões de investigação. Houve ainda aplicação das equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), do Grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) e do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride). O atendimento nas delegacias do Litoral foi reforçado.
“Este Carnaval foi mais tranquilo em comparação com os de anos anteriores, e com o reforço de efetivo não houve sobrecarga de trabalho que pudesse atrapalhar o atendimento ao cidadão. Somamos esforços para garantir essa tranquilidade, com qualidade de serviços ao cidadão”, disse o coordenador da Polícia Civil no Verão Maior 2019/2020, delegado Gil Tesseroli. De acordo com ele, a instituição também procurou aproximação maior com a comunidade.
Com equipes policiais atuando desde estradas estaduais e centros urbanos, até a orla com atividades educativas, houve a redução de crimes em todas as áreas. Em comparação com o Carnaval de 2019, os roubos reduziram 42,86% (de 28 caiu para 16) e os furtos caíram 31,30% (de 115 para 79).
As prisões e apreensões de drogas e armas foram constantes durante todo o feriado. O trabalho conjunto com abordagens da PM e as diligências da Polícia Civil resultaram em 122 prisões, 15 a mais que no Carnaval do ano passado, um aumento de 14,2%.
“O aumento das prisões, principalmente os encaminhamentos de pessoas com mandados de prisão em aberto, se deve ao grande número de abordagens da PM”. Ao todo, os policiais abordaram 4.189 pessoas, contra 4.161 no mesmo feriado do ano passado. “Se imaginarmos que essas pessoas foragidas da Justiça tivessem a intenção de cometer novos crimes, tais situações foram evitadas”, explicou o delegado Gil.
As equipes da PM e da Polícia Civil também apreenderam sete armas de fogo neste Carnaval, três a mais que em 2019. Os crimes de lesão corporal e vias de fato também foram menores, com queda de 54,84% (de 31 caiu para 14) e de 57,14% (de 14 foi para 6), respectivamente.
Com informações da AEN