Devido à estiagem no Estado, moradores de Morretes sofrem com a falta de água


Por Luiza Rampelotti Publicado 28/05/2020 às 19h36 Atualizado 15/02/2024 às 10h44

2 poços artesianos já estão perfurados e só falta a realização da análise da qualidade da água


Famílias de moradores de Morretes estão sofrendo com a falta de água, devido à estiagem prolongada que o Paraná tem sofrido desde junho de 2019. Isso tem causado impactos direto no sistema de abastecimento público, segundo a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), que fornece água à cidade litorânea. O momento é tão grave que o governador Ratinho Junior (PSD) declarou situação de emergência hídrica, pelo prazo de 180 dias, iniciada no dia 07 de maio.

O decreto do governo permite que as companhias de abastecimento de água realizem rodízios de até 24 horas. O prazo de 24 horas poderá ser extrapolado em situações emergenciais. O documento mostra que, entre fevereiro e abril, a falta de chuvas que atingiu o Paraná de forma generalizada, com volume entre 30% e 90% de déficit, configurou a estiagem hídrica nos mananciais de abastecimento.

Com a falta de chuva e de água nas residências, os moradores têm solicitado que a prefeitura de Morretes conclua a análise da qualidade da água de dois poços artesianos, nas regiões de Rio dos Patos e Itaperuçu. Segundo o vereador Sebastião Brindarolli Junior (PSD), os poços já estão perfurados e só falta a realização dos testes para que a água seja disponibilizada à população.

Prefeitura tem recurso disponível

Ele comenta, ainda, que, na segunda-feira (18), o Conselho Municipal de Meio Ambiente autorizou que a Secretaria de Meio Ambiente utilizasse o valor de R$ 11.220,00, em recursos do fundo municipal da pasta, para a contratação de empresa especializada com o objetivo de realizar teste de vazão e viabilização de análise bioquímica de água nos poços artesianos, perfurados nas regiões de Rio dos Patos e Itaperuçu.

As pessoas estão esperando, porque estão sem água. Já faz uns dias que o conselho autorizou o gasto e o povo ainda está sem água. Neste momento de pandemia, a falta desse bem comum se torna ainda mais grave, pois as recomendações médicas são de que todos lavem as mãos com frequência, para evitar a contaminação pelo novo coronavírus”, diz o vereador.

De acordo com ele, somente no Itaperuçu, cerca de 50 a 70 famílias serão beneficiadas com o poço. “Algumas delas já estão sem água até para tomar banho”, lamenta. 

O JB Litoral procurou a secretária de Meio Ambiente, Melissa Pereira, questionando quando a análise da qualidade da água seria realizada. De acordo com ela, a secretaria está aguardando o parecer jurídico para liberar a contratação da empresa que irá realizar o estudo. “Acredito que para o início de junho a situação será resolvida”, informa.