Dia do Folclore traz reflexões sobre as lendas do povo que vive no Litoral paranaense
Pé Redondo, Caveirinha, Rosas Loucas: é possível que o leitor reconheça de pronto essa seleção. Personagens populares nas rodas de conversas ilustram o imaginário popular de quem vive no Litoral paranaense, especialmente relembrados neste 22 de agosto, Dia do Folclore.
Mas a seleção lendária, no entanto, não está restrita a estes três personagens. De norte a sul, o Paraná conta e reconta causos das Sereias, da gruta de Encantadas da Ilha do Mel, Saci Caiçara, menino de uma perna só, de Morretes e do Homem de Branco, colonizador de Matinhos; e de outros tantos que não caberiam num texto só.
Através do folclore é possível conhecer as crenças, valores e contextos populares, e são informações que podem ser ensinadas de forma colorida e didática para promover uma educação para a vida. Repassar esses conhecimentos é dar continuidade à nossa história cultural.
É o que explica Lizangela Pinto Siqueira, vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá (IHGP). “O folclore brasileiro é considerado um dos mais ricos do mundo, por causa de sua diversidade, junção de etnias e culturas. Paranaguá possui várias lendas, causos, folclore em si”.
Ela relembra expressões marcantes do folclore do nosso Litoral, como, por exemplo o Boi Bumbá, a Dança da Balainha, a lenda do Caveirinha que servia de exemplo para não mentir. A casa afundada explicava que deveria seguir as normas religiosas na Semana Santa para não sofrermos castigo; a gruta de Encantadas da Ilha do Mel, a lenda da igreja de São Benedito de Antonina, entre outras.
Para Maria Plahtyn, secretária de cultura e turismo de Paranaguá, o Dia do Folclore é muito especial, “serve para a manutenção e preservação de conhecimento das histórias de um povo, traduz por meio do imaginário lúdico, os saberes e os fazeres de determinada comunidade. As lendas contadas em Paranaguá hoje formam a nossa sociedade, a cultura do nosso povo”, explica.
A preservação da cultura popular se faz rica por agregar valores para as gerações. “Por isso, estudar e conhecer as práticas do folclore, além de preservar suas tradições, em todo o mundo, é de suma importância”, finaliza Lizangela.