Juventude marca presença no 10º Fórum Diocesano de Paranaguá


Por Redação JB Litoral Publicado 25/05/2018 às 11h48 Atualizado 15/02/2024 às 03h06

Nos dias 21 a 23 deste mês, foi realizado pelo décimo ano o Fórum Diocesano em Paranaguá. Os três dias de realização do evento foi registrada a presença de muitos jovens, estudantes e acadêmicos estavam atentos às discussões e propostas sobre o combate à violência e a necessidade de viver uma “Cultura de Paz”.

Terminou na última quarta-feira, 23, o 10º Fórum do Colégio Diocesano Leão XII, um dos eventos oficiais do calendário de Paranaguá.

Nestes 10 anos de realização, o Fórum traz o aprofundamento do tema tratado na Campanha da Fraternidade. Em 2018 a Campanha tem como tema “Fraternidade e Superação da Violência”. Assim o lema do evento foi Paz: Nós podemos construir.

Realizado este ano no Teatro Municipal Rachel Costa, estiveram no Fórum representantes do poder legislativo e executivo, de ONG´s, de Associações de Bairros, de Movimentos e de Grupos sociais. Entretanto foram os jovens estudantes e professores que lotaram o auditório do teatro.

Muitos religiosos e seminaristas também estavam no fórum. O bispo Dom Edmar Peron e o Padre Eliel diretor do colégio, fizeram parte da mesa diretora do evento. O Santuário do Rocio participou do fórum todos os dias, com voluntários das diversas pastorais e com a presença dos Missionários Redentoristas Joaquim Parron e Jorge Tarachuque.

As palestras foram divididas em temas para os três dias, dia 21 sobre “Origens da Violência”, dia 22 sobre “Efeitos da Violência e no dia 23 sobre a “Cultura da Paz”.

As origens da violência foram comentadas pelos professores Jelson Oliveira, (PUC) e Giovani Matheus Camargo, (Isulpar). A secretária da OAB, Cláudia Cristina Castellani leu emocionada um texto que preparou com sua pesquisa sobre feminicídios no último ano.   

No segundo dia, sobre os efeitos da violência, na sua fala, o professor João Henrique Arco-Verde, mestre em Direitos Humanos e Políticas Públicas, comentou que a disciplina (DH) deve ser incluída em todos os programas de ensino. O soldado da PM, Ednilson Modesto Pereira, apresentou o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência). Já Bruno Gasparini, professor e advogado apontou um futuro triste se considerarmos o empobrecimento das famílias, com crianças e jovens malcuidados inclinando-se para a violência e a criminalidade.

No último dia do Fórum, vários especialistas falaram sobre a formação, a importância e como disseminar a “Cultura da Paz”. Segundo a definição apresentada, “Cultura da Paz” é um modo de pensar e agir que rejeita toda violência e valoriza a diversidade, o diálogo e a negociação para a solução dos problemas. O Prof. Maicon Kehl, o Delegado Nilson Diniz, a advogada Patrícia Staniscia e o Tenente Rui Barroso, abordaram o tema mostrando como podemos desenvolver e multiplicar a “Cultura da Paz”.       

O encerramento foi marcado ainda pelo depoimento do jovem pedagogo João Costa Júnior, criador da ONG 5C. Ele contou ter participado do Fórum como estudante numa das primeiras edições. Mostrou-se feliz por ser, desta vez, um dos palestrantes e falar da sua experiência como voluntário no Bairro São João. Seu projeto tem como meta retirar crianças da vulnerabilidade social por meio de cinco valores: conscientização, conhecimento, cultura, cooperação e comunidade. O professor recebeu os mais fortes aplausos da noite, por mostrar que um cidadão comum pode ser um empreendedor social e fazer a diferença na comunidade onde vive. Júnior provou, através do seu exemplo, que todos podemos “Construir a Paz”.

 

Fonte: Texto e Fotos Giolete Babinski, Pascom Santuário Estadual de NSra do Rocio)