Justiça determina bloqueio de bens de 16 réus ligados ao ramo calçadista por atos de corrupção
A 2a. Vara da Fazenda Pública de Londrina, no Norte-Central paranaense, determinou nesta terça-feira (10) a indisponibilidade de bens de 16 réus envolvidos em atos de corrupção investigados pela Operação Publicano III. O valor dos bens bloqueados atinge R$ 442 mil – entre os réus, há empresas calçadistas, empresários do ramo e auditores fiscais da Receita Estadual.
A ação civil pública que requereu a indisponibilidade dos bens foi um dos desdobramentos cíveis das investigações efetuadas no âmbito da Operação Publicano, relacionadas à prática de crimes diversos, sobretudo contra a administração pública, como falsidades documentais, corrupções ativas e passivas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e organização criminosa. Foi comprovada pelas investigações a existência de uma organização criminosa formada por auditores fiscais da Receita Estadual que cobravam propina para omissão na fiscalização e não autuação das empresas sonegadoras de impostos.
Ficaram excluídos da decisão judicial uma empresa, seu sócio-gerente e seu contador, que estão colaborando com as investigações, em virtude de acordo de delação premiada.
Veja abaixo matérias anteriores sobre a Operação Publicano.
20/03/15 – Gaeco cumpre mandados de prisão contra fiscais da Receita Estadual de Londrina e empresários
14/04/15 – MP-PR denuncia 62 envolvidos em corrupção na Receita Estadual de Londrina
10/06/15 – Gaeco cumpre 68 mandados de prisão e 65 de busca e apreensão
30/06/15 – MP-PR denuncia 125 envolvidos em corrupção na Receita Estadual de Londrina
21/09/15 – Gaeco prende dois auditores fiscais da Receita Estadual
08/10/15 – Gaeco cumpre mandados de prisão, busca e apreensão, condução coercitiva e arresto de bens
20/10/15 – Justiça determina indisponibilidade de bens de 44 réus em ação que envolve fraudes milionárias