Justiça determina bloqueio de bens de 16 réus ligados ao ramo calçadista por atos de corrupção


Por Redação JB Litoral Publicado 10/11/2015 às 07h00 Atualizado 14/02/2024 às 10h52

A 2a. Vara da Fazenda Pública de Londrina, no Norte-Central paranaense, determinou nesta terça-feira (10) a indisponibilidade de bens de 16 réus envolvidos em atos de corrupção investigados pela Operação Publicano III. O valor dos bens bloqueados atinge R$ 442 mil – entre os réus, há empresas calçadistas, empresários do ramo e auditores fiscais da Receita Estadual.

A ação civil pública que requereu a indisponibilidade dos bens foi um dos desdobramentos cíveis das investigações efetuadas no âmbito da Operação Publicano, relacionadas à prática de crimes diversos, sobretudo contra a administração pública, como falsidades documentais, corrupções ativas e passivas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e organização criminosa. Foi comprovada pelas investigações a existência de uma organização criminosa formada por auditores fiscais da Receita Estadual que cobravam propina para omissão na fiscalização e não autuação das empresas sonegadoras de impostos.

Ficaram excluídos da decisão judicial uma empresa, seu sócio-gerente e seu contador, que estão colaborando com as investigações, em virtude de acordo de delação premiada.

Veja abaixo matérias anteriores sobre a Operação Publicano.

20/03/15 – Gaeco cumpre mandados de prisão contra fiscais da Receita Estadual de Londrina e empresários

14/04/15 – MP-PR denuncia 62 envolvidos em corrupção na Receita Estadual de Londrina

10/06/15 – Gaeco cumpre 68 mandados de prisão e 65 de busca e apreensão

30/06/15 – MP-PR denuncia 125 envolvidos em corrupção na Receita Estadual de Londrina

21/09/15 – Gaeco prende dois auditores fiscais da Receita Estadual

08/10/15 – Gaeco cumpre mandados de prisão, busca e apreensão, condução coercitiva e arresto de bens

20/10/15 – Justiça determina indisponibilidade de bens de 44 réus em ação que envolve fraudes milionárias