Macrofértil e o descaso com a marginal na BR-277


Por Redação JB Litoral Publicado 20/05/2014 às 21h00 Atualizado 14/02/2024 às 01h44

Fundada em 1982 em Paranaguá, a Macrofértil acabou instalando sua fábrica na cidade de Ponta Grossa para onde transferiu a matriz. Hoje a empresa tem oito fábricas, em Ponta Grossa, Paranaguá (duas unidades), Nova Mutum (MT), Assis (SP), Mafra (SC), Jataí (GO) e em Campo Grande. Em 2011, a multinacional francesa Louis Dreyfus Commodities (LDC), que atua desde 2008 na comercialização de fertilizantes no Brasil, comprou a Macrofértil, ingressando na operação de ativos industriais. Presente em seis estados – Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás – que, juntos, representam 62% do mercado de fertilizantes, a Macrofértil faturou, no ano de 2010, aproximadamente R$ 450 milhões.

Com esta aquisição, a LDC passou a contar com oito unidades industriais, além de postos comerciais e unidades logísticas – pontos com linha ferroviária com ligação ao porto de Paranaguá.

Mesmo com todos esses números impressionantes, a empresa não investe em responsabilidade social na unidade instalada entre a Rua Paulo Canhola e a BR-277.

Na semana passada, a reportagem do JB tentou percorrer a marginal da BR-277 que faz divisa com a Macrofértil, mas o denso matagal que toma conta de toda sua extensão não permitiu. A falta de roçada e manutenção no trecho que circunda o armazém fez com que o matagal avançasse até a ciclovia e chegando próximo da pista de rolamento na rodovia federal.

Em diversos trechos amontoados de entulhos e lixo vem sendo despejado pela população e alguns pontos servem de pasto para cavalo. Os moradores, refém da falta de roçada, sofrem com o mau cheiro causado pelo lixo despejado no mato. Uma placa colocada no início do matagal demonstra a revolta dos moradores, através do apelo desesperado “não jogue lixo aqui pelo amor de Deus”.

A diferença de zelo com a marginal é notada pelo estado de conservação da empresa ao lado, que mantém limpo o piso a base de paralelepípedos.

Com o acesso feito pela Rua Paulo Canhola há anos, o trânsito de caminhões pesado com destino a empresa vem comprometendo a pista de rolamento feita a base de paralelepípedos. Sem possuir um pátio de estacionamento em condições de receber todos os caminhões próximo do terminal, a formação de fila na Rua Paulo Canhola tem sido constante no bairro e a perigosa manobra da rua para a Avenida Roque Vernalha, já resultou em acidentes com mortes.

Nesta semana o JB irá procurar a Macrofértil para saber se existe algum projeto para melhoria da marginal da BR-277.