Motorista que atropelou mãe e filha é indiciado por duplo homicídio culposo


Por Redação JB Litoral Publicado 21/04/2016 às 11h00 Atualizado 14/02/2024 às 13h11

Após oito dias de investigação, policiais civis da 1.ª Subdivisão de Paranaguá e agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) conseguiram localizar o veículo que atropelou Gisele de Oliveira Pinto Xavier, de 29 anos, e sua filha Vitória Gabriele Xavier, de 10. As duas tentavam atravessar a Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, na região do Parque Agari, na noite do último dia 12, quando ocorreu o acidente. Devido ao forte impacto, as vítimas foram arremessadas na pista e acabaram sendo atingidas por pelo menos outros dois veículos. Elas não resistiram aos ferimentos e morreram no local.

O motorista do veículo apreendido foi o primeiro a atingir as vítimas e não parou para prestar socorro. No entanto, através de imagens de câmeras de monitoramento e informações de testemunhas, na tarde quarta-feira, 20, o veículo VW Gol que era conduzido pelo suspeito, foi localizado com o para-brisa quebrado e lataria amassada, em uma casa no Jardim Esperança. O condutor, de 19 anos, o qual não tem habilitação, foi levado à 1.ª Subdivisão Policial de Paranaguá para ser ouvido.

O delegado Nilson Santos Diniz, que é o responsável pelas investigações, contou que o rapaz acabou indiciado pela prática de dois homicídios culposos (sem intenção) na condução de veículo automotor e que o pai dele também será incriminado por entregar veículo a pessoa não habilitada.

Diniz explicou que após a conclusão do inquérito policial, o procedimento será encaminhado ao Judiciário, para o início do processo crime. “O veículo utilizado como meio para o crime foi apreendido e será submetido à perícia”, disse.

Durante as diligências, outros três motoristas que se envolveram no acidente também foram identificados e ouvidos na delegacia. Se condenado, o motorista do Gol pode pegar 2 a 4, mas a pena ainda pode ser aumentada duas vezes da metade do seu valor. “Uma por ter sido dois homicídios e outra por não possuir CNH e não ter prestado socorro”, completou o delegado.

Gisele e Vitória eram esposa e filha do guarda civil municipal Geziel Xavier, diretor do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran), motivo que levou os agentes da GCM a participarem da investigação.