Movimentação de Mercadorias realiza 1ª eleição sindical com urna eletrônica


Por Redação JB Litoral Publicado 26/11/2016 às 21h18 Atualizado 14/02/2024 às 20h05

 Jarede – urna eletrônica vai garantir a transparência que esta Junta Governativa tem demostrado no sindicato. Foto/JB

No comando do Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral de Paranaguá, desde setembro de 2015, atendendo orientação e decisão do Ministério Público do Trabalho (MPT) a Junta Governativa, presidida por Jarede Costa, definiu data para eleição que decidirá o comando da categoria nos próximos três anos em Paranaguá.   

Após a Assembleia Geral Extraordinária realizada na quarta-feira (16) na sede sindical, com a presença do Promotor do MPT, Dr. Gláucio Araujo Oliveira, os representantes da Junta Governativa, Jarede Costa e Israel Pinheiro e mais 197 associados, ficou definida a data de 18 de dezembro, a eleição para escolha da nova diretoria sindical que ocorrerá das 08h às 17h.

A grande novidade no processo eleitoral será o uso de cinco urnas eletrônicas para votação, cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) e terá a fiscalização do MPT e das polícias federal e militar. Algo inédito na história do sindicalismo parnanguara. Para o presidente da Junta Governativa, esta novidade vem ao encontro da filosofia de trabalho da atual diretoria.
 

“Vai ser uma inovação e uma eleição rápida, encerrará às 17h e, uma hora após, teremos o resultado. O fato da urna eletrônica vai premiar a transparência que esta Junta Governativa tem demostrado no sindicato, desde que assumiu o comando da categoria”, disse Jarede.
 

O edital de eleição foi divulgado no dia 21, e fixado nas dependências do sindicato com as inscrições das chapas foram feitas até essa sexta-feira (25) sendo protocolados, no máximo, até às 18h do prazo final.

O resultado será conhecido e divulgado no mesmo dia da eleição e a chapa mais votada será declarada a vencedora.

Oura novidade definida na Assembleia ficou por conta do direito à votação das mulheres e de não associados, os “cadastrados”, desde que comprovem exercício da atividade profissional no sindicato.

 

Entenda o caso

 

Desde 2015, o Sindicato está sem diretoria eleita e sendo administrado pela Junta Governativa. A situação se deve ao fato da eleição da categoria, que deveria acontecer em agosto do mesmo ano, ter sido cancelada, após a alegação de irregularidades no processo eleitoral, quando havia a disputa por três chapas.

Incongruências nos mecanismos legais do processo resultaram no pedido de impugnação do pleito junto ao MPT, que acatou os argumentos de editais viciosos, desrespeito a prazos estabelecidos e indícios de parcialidade, comprovando as irregularidades. O Ministério Público abriu a ação civil pública, 3538/2015, que dissolveu a antiga diretoria, em virtude de ausência de prestação de contas, balanços fiscais, mau uso de recursos e utilização de “laranjas” em esquemas que envolviam o sindicato, contam os advogados.

Após isto, em uma audiência conciliatória, onde deveriam ser apresentados pelo Ex-presidente Antônio Pontes os pedidos feitos pelo órgão e que, na prática, não foram expostos, houve a formação da Junta Governativa, que passou a comandar o sindicato após sua homologação. Sendo assim, Israel Pinheiro dos Santos (Chapa 1), Marcos Alves de Oliveira (Chapa 2) e Jarede Costa (Chapa 3) foram os nomes de consenso oferecidos e, a partir de 04 de setembro de 2015, eles assumiram o comando do sindicato.