“O amor de mãe é indestrutível, sendo a maior arma de uma heroína!”, Juliana técnica de enfermagem

Por Marinna Protasiewytch e Diogo Monteiro

O JB Litoral preparou uma mini série de entrevistas para contar um pouco da história de mães do litoral que são verdadeiras “heroínas da pandemia”. Juliana Filipowski é uma delas, técnica de enfermagem ela se divide entre a linha de frente, combatendo a Covid-19 e o cuidado com a filha Luana.

• SÉRIE MÃES DO LITORAL: “Se estivermos saudáveis, temos que agradecer”, Flávia, mãe de gêmeos e professora
• SÉRIE MÃES DO LITORAL: “Estar afastado nesse momento é um ato de amor”, explica Ana Cláudia, empresária
• SÉRIE MÃES DO LITORAL: “Entre a farda e a maternidade”, assim vive Leciani, mãe e policial militar

“Minha rotina é agitada como a de muitos. Trabalho em dois hospitais, no Hospital Regional do Litoral e Hospital de Campanha João Paulo ll, mas tento ao máximo participar da vida e da rotina da minha filha. Apesar do cansaço das 24 horas trabalhadas, tento propiciar e viver um tempo de qualidade com ela”, revela Juliana que trabalha há 18 anos na área e sofreu o impacto das mudanças causadas pela pandemia na sua rotina.

Ela conta que a principal preocupação é com o contágio da Covid-19, que pode ser letal e por estar na linha de frente, no centro do atendimento à doença em Paranaguá isso pode ocorrer de uma forma mais provável.

“Com a pandemia veio o medo de trabalhar com o desconhecido, a pressão por estar em meio a esse caos e muito temor em contaminar a todos que amo. Difícil você cuidar das pessoas sem ter a certeza de poder cuidar dos seus. Presenciei muitas cenas de tristeza e que não pude repassar para minha filha e familiares”, desabafou a técnica de enfermagem.

Mas é claro que como toda mãe, ela ainda tem o segundo turno, em casa, cuidando da família. “Fora que manter uma adolescente animada e satisfeita nesta rotina maçante, onde não pode encontrar os amigos ou sair é muito difícil. Mãe tem que se reinventar e ser muito criativa neste momento”, destaca.

Heroína

“Acredito que esta denominação cai muito bem as mães, pois fazemos sim o possível e o impossível e com muito amor por um filho. Mãe é sinônimo de força, abnegação, paciência e persistência. O amor de mãe é indestrutível, sendo a maior arma de uma heroína!”, ressalta Juliana.

Por conta das restrições, pelo segundo ano consecutivo o dia das mães será com cuidados e respeito. “Meu maior desejo é saúde a todos, e que possamos curtir e valorizar nossa família todos os dias, não só em datas comemorativas. Estamos vivendo tempos em que estar com quem amamos é um privilégio”, concluiu.