Paranaguá perde um ilustre e bem humorado parnanguara, Dorinho


Por Redação JB Litoral Publicado 15/08/2013 às 21h00 Atualizado 14/02/2024 às 01h06

Nesta segunda-feira (16) Paranaguá amanheceu de luto, depois de perder, às 21 horas do domingo, o empresário e uma das personalidades mais populares da cidade, Izidoro Lopes dos Santos, o Dorinho, em decorrência de problemas cardíacos, causado pelo infarto sofrido na última quinta-feira (12).

Internado as pressas no Instituto do Coração de Curitiba – Incor pela família, depois de ter sua condição pós operatória estabilizada, o corpo não suportou e Dorinho partiu, deixando uma legião de amigos e admiradores com um sentimento irreparável de perda.

Pai da vereadora Sandra Luzia Lopes dos Santos Souza (PP) e da secretária municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, Cintia Maria Lopes dos Santos Oliveira, Dorinho, tinha como marca registrada de sua personalidade, o bom humor e uma forte disposição para o trabalho, característica repassada para as filhas.

Formador de opinião convicto e de posições muitas vezes polêmicas, Dorinho protagonizou uma situação inusitada na história política da cidade, durante a eleição de 1976, quando disputou uma cadeira na Câmara de Vereadores pelo antigo MDB.

Com uma forte atuação na vida pública e um grande número de admiradores, Dorinho disputou as urnas e, durante sua campanha, pediu votos usando o apelido que será lembrado para o resto da vida, tática que lhe custou à cadeira no Palácio Visconde de Nácar.

Dorinho perdeu para o sistema eleitoral, que exigia o nome completo do candidato ou o número que o partido lhe fornecia para disputa. Com isso, centenas de votos no “Dorinho” não foram validados e, mesmo assim, acabou ficando na primeira suplência com 434 votos, oito a menos do último eleito, Massami Takayama.

Também foram eleitos nesta época Filuca Abud (955 votos), Joaquim Magalhães (735 votos), Luiz Pioli Borba (558) e Chafic Farah (502 votos).

Mas o sangue da boa política foi herdado pela filha, Sandra do Dorinho que, desde que disputou as urnas, jamais perdeu uma eleição, usando o apelido do pai que, ironicamente, o tirou do Poder Legislativo. Sandra foi vereadora, vice-prefeita e segunda suplente na Assembleia Legislativa do Paraná pelo PSB.  

Proprietário da funerária de maior tradição na cidade, Funerária do Dorinho, eleita cinco vezes a melhor do ano, onde recebeu o Troféu Imprensa de Paranaguá (2007, 2008, 2009, 2010 e 2012) e, este ano, receberá o sexto troféu em dezembro.

Há muitos anos, o empresário repassou o comando da empresa para família, atualmente administrada pela vereadora Sandra.

Nesta manhã, o empresário recebeu suas últimas homenagens no seu velório e sepultamento. Presente ao cemitério municipal Nossa Senhora do Carmo, o prefeito Edison de Oliveira Kersten (PMDB), levou as condolências a família e fez uma nota de pesar no site da prefeitura.

 

“O seu Dorinho era um exemplo de empresário e de pai de família. Quero neste momento de dor me solidarizar à família enlutada”, comentou o prefeito.