Parnanguara levou mais de 90 mil pessoas para ver suas obras no Oscar Niemeyer


Por Redação JB Litoral Publicado 15/08/2017 às 21h35 Atualizado 14/02/2024 às 21h18

Até o final de julho, cerca de 90 mil pessoas visitaram a exposição de Rafael Silveira, um artista nascido em Paranaguá e que viu suas obras serem elogiadas nacionalmente na mostra ‘Circonjectura’, exposta em um dos maiores centros culturais brasileiros: o Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba. Radicado na capital paranaense desde a infância, Rafael demostrou surpresa com a alta rotatividade da sua apresentação, que está repercutindo no cenário nacional.

“Eu esperava uma boa repercussão, mas nada com esta dimensão”, reconhece Rafael Silveira, destacando a grande aceitação e presença de espectadores para a sua exposição no MON. Segundo o artista, outro fator que chamou a atenção foi “a abrangência do público de todas as idades, desde crianças que iam ao museu pela primeira vez, até pessoas mais velhas e com outra bagagem intelectual. A exposição foi vista por quem tem um paladar de cultura pop até o underground, explica.

Em cartaz desde maio, a presença de 90 mil pessoas para apreciar as obras de Rafael colocou seu trabalho entre os mais visitados da história do MON, um dos museus mais importantes do Brasil. Simplesmente as obras do artista parnanguara chegaram ao mesmo patamar de espectadores que estiveram na exposição em 2014 de Frida Kahlo e a que celebrou o centenário do  arquiteto Vilanova Artigas em 2016.

 

“O que os olhos não veem”, óleo sobre tela de Rafael Silveira (2017).

Todas as suas mais de 50 esculturas, pinturas e instalações estão em uma ampla sala de 500 metros quadrados no MON. A exposição teve como curador Baixo Ribeiro, paulistano fundador da galeria Choque Cultura, que também representa Rafael Silveira. “A exposição foi pensada para o público e não apenas para os especialistas de arte contemporânea. Talvez por isto, tanta gente se sentiu bem recebida na mostra”, explica Silveira.

Casquinha de sorvete gigante uma das obras curiosas do artista plástico Rafael Silveira. http://www.criancanaplateia.com.br

Segundo o artista, suas obras apresentam influências do surrealismo, da cultura pop, com dose de bom humor e interatividade contínua com o espectador.

“A exposição de Rafael Silveira traz ao público uma experiência transformadora. Suas obras contêm aspectos lúdicos e inusitados, além da cenografia pensada para criar uma atmosfera que envolve o visitante a participar das obras, entrar e interagir com as instalações e com a paisagem gráfica que toma conta do espaço expositivo”, elogia Juliana Vosnika, Diretora-presidente do MON.

 

Sobre Rafael Silveira

 

Rafael Silveira nasceu em Paranaguá, mas é radicado em Curitiba desde criança. Iniciou os estudos de Educação Artística na Universidade Federal do Paraná (UFPR), porém terminou se graduando em Publicidade e Propaganda, algo que possivelmente reforça a sua veia de “cultura pop”.  Com carreira em inúmeras agências de publicidade renomadas, ficou conhecido inclusive por desenhar a capa do disco Estandard, do Skank, algo que o fez “mergulhar de cabeça” na função das artes plásticas, realizado junto com a artista plástica Flávia Itiberê, sua colaborada e esposa. Conta com trabalho também bem recebido no exterior, com obras participando de exposições em Milão, Roma, Miami, Nova York e Londres.

A exposição no MON foi encerrada no último dia 07 de agosto e se consagrou como uma das mais importantes do cenário cultural paranaense nos últimos anos e agora deverá ir para grandes centros culturais do Brasil e do exterior.  “Parte das obras volta para as coleções provadas e algumas voltam para meu acervo particular. A exposição virou um repertório importante para mim e eu tenho interesse em levá-la para outros espaços, mas isto é algo que não depende apenas da minha vontade”, finaliza Rafael.

 

 

*Com informações da Gazeta do Povo (Sandro Moser), MON e Jornal de Colombo.