Pedagoga e intérprete de Libras ressalta importância do evento para a categoria


Por Redação JB Litoral Publicado 08/11/2015 às 06h00 Atualizado 14/02/2024 às 10h50

Na última semana, o JB entrevistou Camilla Leão Casubek, pedagoga graduada pelo Instituto Superior do Litoral do Paraná (Isulpar), Especialista em Educação Bilíngue para Surdos pelo Instituto Paranaense de Ensino, Tradutora Intérprete de Libras e certificada pela Feneis e Guia-Intérprete graduada pela AHIMSA. Ela repassou informações a respeito do I Encontro Paranaense de Tradutores, Intérpretes e Guias-Intérpretes de Sinais, que acontecerá nos dias 21 e 22 de novembro, no Centro Politécnico da UFPR, em Curitiba. O evento, que é histórico no Paraná, busca o aumento de políticas públicas voltadas para os profissionais de línguas em todo o estado, bem como no litoral paranaense, que terá forte representatividade no Encontro. 

De acordo com Camilla, o encontro ocorre com o objetivo de denunciar “a falta de políticas públicas, condições adequadas de trabalho e valorização voltadas para a profissão do Tradutor Intérprete de Língua de Sinais (TILS) e Guia-Intérprete (GTILS)”. Este evento será realizado com o intuito de promover discussões sobre temas pertinentes entre a categoria, além da eleição para a nova direção da associação APTILS – Associação dos Profissionais Tradutores e Intérpretes e Guia-intérpretes de Língua de Sinais do Paraná”, acrescenta, ressaltando a forte representatividade do litoral no evento, devendo contar com um alto número de participantes. Este evento tende a promover a Associação dos Profissionais Tradutores e Intérpretes e Guia-intérpretes de Língua de Sinais do Paraná, para que juntos possamos militar em favor de toda uma categoria”, explica a pedagoga, ressaltando que a colaboração deve beneficiar os profissionais litorâneos e de todo o estado.

Na oportunidade, a Associação dos Profissionais Tradutores e Intérpretes e Guia-intérpretes de Língua de Sinais (APTILS) realizará eleição de sua diretoria, onde todos os profissionais poderão se candidatar, inclusive os da região, fortalecendo a união da categoria por meio do processo democrático de escolha.

Paraná apresenta sérios problemas para a categoria

De acordo com Camilla, o Paraná apresenta uma grande escassez de políticas públicas voltadas aos intérpretes e profissionais da Língua de Sinais, algo que prejudica a classe. “Não temos os direitos do intérprete assegurados, como por exemplo, a hora-atividade, que seria para estudo de conteúdos que serão aplicados pelos respectivos professores das disciplinas. Não fomos formados nas diversas áreas que interpretamos, logo a interpretação acaba se tornando um improviso, principalmente no que diz respeito à própria sinalização, pesquisas de sinais e estratégias. O processo tradutório é uma atividade exaustiva, pois requer um esforço mental considerável e com isso não somos remunerados suficientemente para tamanho esforço. Enfim, este é apenas um dos descasos para com a nossa categoria”, acrescenta.

Por fim, a pedagoga e tradutora convida todos os colegas de profissão e militância no litoral paranaense, ressaltando a importância do evento que acontecerá em Curitiba e que deve colaborar para que os direitos dos profissionais sejam assegurados. “Será um momento de suma importância, para nossa categoria, onde possamos juntos discutir as especificidades de cada região deste estado. Espero encontrar a todos lá”, finaliza, em mensagem aos colegas da categoria que podem fazer sua inscrição gratuita pelo site http://primeiroencontropa.wix.com/epatils.[tabelas]