Piscinas descuidadas podem aumentar o problema da Dengue em Paranaguá


Por Redação JB Litoral Publicado 05/02/2016 às 05h00 Atualizado 14/02/2024 às 12h12

Desde que a cidade ganhou a condição de epidemia de dengue, piscinas descuidadas e de casas desabitadas aparecem no topo da lista das queixas da comunidade em relação aos possíveis focos do mosquito.

O JB tem recebido fotos e informações de casas onde os proprietários não investem na limpeza e de outras que estão sem moradores. Denunciantes temem que a piscina se transforme em um criadouro do Aedes Aegypti e que as larvas se proliferem.

De acordo com o Grupo de Combate à Dengue, o principal cuidado com as piscinas é a limpeza. Elas devem ser mantidas limpas e cloradas semanalmente para não correr o risco de se tornarem focos para o mosquito. Além da limpeza, a orientação é que se cubra a piscina.[tabelas]
Na semana passada, o JB recebeu a denúncia de uma piscina com água parada, ao lado do Juizado Especial Civil e Criminal de Paranaguá, no bairro da Costeira. O imóvel, que tem acesso facilitado, já funcionou como local de recreação e eventos, comitê eleitoral e sede da igreja Bola de Neve. Hoje está em estado de abandono, com a cobertura da quadra de esporte desabada e a piscina suja e sem tratamento. Outra denúncia é de uma piscina localizada numa residência que fica na esquina das ruas Manoel Pereira e Professor Cleto, ao lado da sede do Sindicato dos Arrumadores de Paranaguá.

O JB recebeu ainda a denúncia de uma piscina de uma casa que fica ao lado da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) na Avenida Gabriel de Lara. Nas duas casas, não há moradores.

Vale destacar que a incidência direta de sol nas piscinas não permite o desenvolvimento da larva, mas o pouco acúmulo de água em uma parte sombreada nas piscinas em desuso pode se transformar em criadouro. Um cuidado importante é a colocação de cobertura de proteção para evitar o contato do mosquito com a parte interna da piscina.

Piscinas sem uso

A piscina abandonada na vizinhança é um perigo para a população e a preocupação inicial deveria partir do proprietário do imóvel ou da imobiliária responsável, caso esteja à venda. 
Neste caso, o morador deve repassar o problema para Sala de Situação, criada pelo prefeito Edison de Oliveira Kersten (PMDB) para combater a doença na cidade. Ela está aberta para denúncias da população de possíveis criadouros do Aedes Aegypti através dos telefones (41) 3420-2703 ou (41) 3420-2889 e situações como esta, para que sejam tomadas providências por parte da prefeitura.
Uma piscina com acúmulo de resíduos ou sujeiras quando a água está escura ou esverdeada não representa o local favorável para o desenvolvimento do mosquito. Uma situação desta natureza foi esclarecida pelo JB em uma piscina localizada no bairro da Costeira, que mantinha peixes que se alimentam das larvas do mosquito. As piscinas de clubes e escolas de natação são sempre motivo de questionamentos, mas se estão sendo usadas, o movimento da água e a própria cloração não permitem o desenvolvimento do transmissor da dengue.

Nesta semana, o JB tentará identificar os proprietários destas residências para saber se existe algum tipo de manutenção nas piscinas, apesar de não haver ninguém morando nas casas. Também procurará o proprietário do prédio na Avenida Coronel José Lobo para saber se alguma providência será tomada.