Placa que gerava conflito no trânsito na rotatória de acesso a BR-277 é retirada


Por Redação JB Litoral Publicado 28/05/2017 às 15h29 Atualizado 14/02/2024 às 18h32

Divulgada, à época, como umas das grandes reformas urbanísticas dos últimos anos, a recuperação da Avenida Senador Atílio Fontana, no Parque São João, continua sendo um dos principais gargalos logísticos de Paranaguá.

Com ações iniciadas em 2015, na gestão do ex-prefeito Edison de Oliveira Kersten (PMDB), a obra tinha como objetivo, ao menos no papel, promover uma mudança significativa no local, seja com a recuperação asfáltica – já que o alto fluxo de caminhões acabou por deteriorar o antigo material- seja em questões de mobilidade, como a construção de nova ciclovia, por exemplo. Porém, o que era para constituir uma melhora à comunidade e a quem transita pela região, tornou-se um grande imbróglio: a sinalização confusa no local tornou o trânsito ainda mais caótico, já que em cerca de 600 metros de avenida, a via apresenta sentidos único e duplo e também acesso proibido em alguns pontos.

Alterada por meio do Decreto nº 3181, de outubro de 2015, a Avenida Senador Atílio Fontana possui, desde então, sentido único no trecho que compreende a rotatória com a BR 277 até o cruzamento com a Avenida Tertuliana da Cruz. Após este ponto, a via passa a ter dois sentidos até o entroncamento com a Estrada Velha de Alexandra. A partir daí, fica novamente proibido o acesso, pela Atílio Fontana, ao Pátio de Triagem, cabendo apenas a entrada a quem vem em sentido contrário.

Inicialmente com o intuito de permitir maior fluxo no local, a medida, inicialmente, permaneceu sem efetividade, já que uma placa permitindo o acesso ao Pátio de Triagem continuou no local desde a alteração, em 2015, enquanto que uma outra, próxima ao viaduto ferroviário indica que o fluxo no sentido Pátio de Triagem é proibido.
 

Placa ficou desde 2015, quando sentido foi mudado, até terça-feira (16)

Questionada sobre o impasse na última sexta-feira, a administração municipal, por meio da Secretaria de Comunicação, afirmou por meio de nota que “as placas que são do município em áreas pertencentes e sob a circunscrição municipal poderão ser alteradas mediante estudos. Mas, até lá, elas devem permanecer. No trecho que compreende área municipal, de acordo com as alterações estabelecidas desde 2015, o veículo que chegar até aquele local deverá ser notificado, pois estará desrespeitando a placa que, reafirmamos, está numa via com circunscrição municipal. A atual gestão tomou conhecimento de que foi solicitado ao DNIT a retirada da placa, o que não ocorreu”, diz o a nota.

Entretanto, a Prefeitura não soube explicar o porquê de não ter consultado as instâncias hierarquicamente superiores para solicitar a retirada da placa no entroncamento do acesso ao Pátio de Triagem já que, até a última sexta-feira, a sinalização que permitia o acesso à BR 277 ainda estava no local.

Curiosamente, no sábado, a reportagem do JB esteve no local e constatou que a placa que permitia o acesso ao Pátio de Triagem não estava mais no entrocamento, fazendo validar, desta forma, a regra imposta pelo decreto, com quase dois anos de intervalo.