Polícia procura suspeitos de estupros de vulneráveis; Crimes aconteceram em Paranaguá
Por Karla Brook
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está à procura de três suspeitos de diferentes estupros de vulneráveis, todos ocorridos em Paranaguá. Um deles já foi condenado e, os outros dois, possuem mandados de prisão preventiva. Com a decretação dos mandados de prisões dos suspeitos, a polícia realizou diversas diligências, mas nenhum deles foi localizado e ainda permanecem foragidos. Isso fez com que a instituição divulgasse a foto dos procurados.
São eles: Bruno Oliveira da Silva, de 30 anos, suspeito de estuprar uma adolescente de 14 anos em 2019; o segundo é Ariel Ribeiro, de 46, suspeito de estuprar uma criança de 9 anos e uma adolescente de 14 em 2018; o terceiro é Rodrigo Alexandre Leite, de 44 anos. Ele tem um mandado condenatório pelo estupro dos enteados, uma menina de setes anos e um menino de dez. Os crimes ocorreram em 2012 e 2013. Três anos após, Leite foi preso pela Polícia Civil, mas liberado pela justiça. No ano seguinte, foi condenado pelo crime e, em 2019, passou a ameaçar os familiares das vítimas.
Os crimes de Bruno, Ariel e Rodrigo
Moradora no bairro do Sete de Setembro na Ilha dos Valadares, a adolescente de 14 anos, enteada de Bruno, começou a passar mal repentinamente, e sua mãe, sem suspeitar de nada, até então, a levou ao médico. Eis que, em um exame de sangue, foi contatado que a menina estava grávida: o feto era fruto de abusos sexuais cometidos pelo padrasto.
Com a descoberta da gravidez, a adolescente, enfim conseguiu contar à família que Bruno, o homem com quem a sua mãe se relacionava há 10 anos e tem duas filhas, já passava a mão em seu corpo desde que foi morar com elas. Com a revelação, a mãe da garota colocou o suspeito para fora de casa e registrou um boletim de ocorrência, mas nunca mais teve notícia do seu paradeiro. O caso foi registrado no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) de Paranaguá, em agosto de 2019, como violência sexual de vulnerável.
O segundo procurado, Ariel, que na época do crime residia na Vila do Povo, também é suspeito de ter estuprado as enteadas. De acordo com os relatos na mãe das meninas, ela ficou sabendo que suas filhas, na época com 16 e 22 anos, foram abusadas durante anos pelo padrasto.
Embora a mãe das garotas nunca tivesse desconfiado dos crimes que aconteciam dentro da sua casa contra suas filhas, a mais velha relata ser abusada dos nove aos 14 anos, e a mais nova desde os dez anos. Ao ficar sabendo das situações, a mãe expulsou Ariel de casa e denunciou o crime no Nucria de Paranaguá, em maio de 2018, e desde então ele é procurado pelas forças policiais.
O terceiro caso pouco difere dos dois primeiros. Muito além de suspeito, Rodrigo já foi condenado por estupro de vulnerável da enteada de sete anos e do enteado de dez. Fora da prisão, ele passou a ameaçar a família de suas vítimas desde 2019 e segue foragido da justiça.
A Polícia Civil pede a colaboração da população com informações que auxiliem na localização dos procurados. A denúncia pode ser feita de forma anônima pelos telefones 197, da Polícia Civil, ou pelo Disque Denúncia 181.
A Prevenção
Para evitar que outras crianças sejam vítimas de estupro, policiais civis ministraram uma palestra aos funcionários da empresa Paraná Operações Portuárias (PASA) sobre a importância do combate à violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes. O evento foi realizado em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, instituído oficialmente no país por intermédio da Lei nº 9.970, de 18 de maio de 2000.
O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (NUCRIA) da PCPR, em Paranaguá, foi convidado pela empresa portuária para abordar temas relacionados ao abuso de crianças e adolescentes. A ação teve como objetivo reforçar o combate a esse tipo de crime e conscientizar os colaboradores e caminhoneiros sobre a importância e gravidade do assunto.