Ponta do Félix: “há 15 anos presenteando Antonina com geração de renda e emprego”


Por Redação JB Litoral Publicado 06/11/2015 às 12h00 Atualizado 14/02/2024 às 10h49

Iniciativa ousada e de alto risco do empresário Valdecio Bombonato, o resgate da movimentação portuária na cidade de Antonina, através da implantação do Terminal Privativo da Ponta do Felix (PTPPF) ao longo de 15 anos transformou radicalmente a economia e a geração de empregos na cidade, tornando-se o melhor presente que Antonina recebeu nos últimos tempos.

Com uma visão de vanguarda, a partir do ano 2000 Bombonato passou a movimentar fertilizantes no porto privado ao lado do porto público Barão de Teffé.

Atendendo à risca os rígidos padrões internacionais, a começar pelo seu canal de acesso – homologado pela Marinha do Brasil e autoridades portuárias – e adotando um sistema de segurança que segue padrões internacionais nos moldes do ISPS Code/IMO e aprovados pela Conportos, o TPPF se tornou uma realidade na geração de emprego e renda na cidade.

Porém, o Terminal viveu seu colapso de movimentação entre os anos de 2008 a 2010, somando nos três anos 645 mil toneladas movimentadas, o que difere do recorde da soma dos três anos seguintes, 2011 a 2013, onde movimentou 4.054.400 toneladas, sendo 1.573.406 toneladas somente no ano de 2013.

Vale ressaltar que as operações no terminal privado de Ponta do Felix atingiram a marca de um milhão de toneladas movimentadas no primeiro semestre deste ano, valor 30% maior em relação ao mesmo período do ano passado.

O crescente aumento no volume descarregado, a recente dragagem e uma ordem de serviço da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) que incentivou navios a atracarem na cidade foram fatores determinantes para os bons rendimentos do porto, motivando a realização de adaptações para descarga de fertilizantes. Para o diretor comercial e operacional da Ponta do Félix, Cícero Simião, a empresa vem melhorando a produtividade, o que refletiu nos contratos fechados. “Os contratos atuais foram incrementados, com clientes mais confiantes principalmente com base nas elevações de calado que ocorreram em nosso canal de acesso, por conta da dragagem, além da aquisição de equipamentos, como novo sistema gerencial e processo para aquisição de novas balanças e novos funis. Enfim, o nosso desempenho está maior nos aspectos operacional e produtivo”, comentou Simião, em recente entrevista na imprensa.[tabelas]Trabalho, ISS E AÇÕES SOCIAIS

Consolidado comercialmente na cidade, o TPPF passou a responder pelo aumento no emprego e geração de Imposto Sobre Serviços (ISS), resultando em ações sociais do Terminal para com a cidade. O aumento da produtividade trouxe também mais dinheiro para os cofres públicos da cidade. Em 2013, o valor pago de ISS aumentou consideravelmente e chegou a R$ 1,5 milhão. De acordo com o secretário de Finanças do município, além do ISS, o aumento da movimentação do porto incrementa outras atividades, principalmente as de serviços que estão indiretamente ligadas aos trabalhos portuários.

O crescimento de Ponta do Felix também tem sido comemorado pelos trabalhadores portuários avulsos (TPA’S), que tem serviço garantido todos os dias. Com mais de 20 mil habitantes, o impacto do porto ativo é enorme e reflete diretamente no comércio da cidade e comerciantes afirmam que há um considerável aumento de consumo nos estabelecimentos, principalmente aqueles ligados a gêneros alimentícios e vestuário.

Além da questão econômica, o Terminal tem investido em ações sociais na cidade. Assim ocorreu com o empresário Valdecio Bombonato doando R$ 200 mil para a realização de obras na sede da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), em setembro de 2013. Mais recentemente, a Ponta do Felix encampou o projeto urbanístico e arquitetônico de uma nova ciclovia que irá interligar os municípios de Morretes e Antonina, no Litoral do Estado. O projeto Ciclovia foi contratado pela Appa por meio do terminal Ponta do Félix.