Restauração da Estação Ferroviária de Paranaguá segue a passos lentos


Por Redação JB Litoral Publicado 23/05/2017 às 21h42 Atualizado 14/02/2024 às 18h29

A expectativa da população parnanguara, a restauração do prédio da Estação Ferroviária, cuja Ordem de Serviço foi assinada em 22 de fevereiro, ainda não impressiona. No local, passados quase três meses do início dos trabalhos, apenas dois operários revezam-se no serviço de limpeza.

O atraso, de acordo com a Secretaria de Planejamento, está previsto no cronograma dos trabalhos, já que, por tratar-se de um prédio histórico, os materiais que serão utilizados na restauração são específicos. A madeira, por exemplo, deverá ser comprada do Mato Grosso, além de outros itens que serão adquiridos por encomenda.

Outro aspecto que leva certo tempo, segundo o representante da Empresa Pires Giovanetti Guardia Engenharia e Arquitetura Ltda, encarregada da obra, é a contratação de trabalhadores para execução do serviço, que deverão ter experiência no trato com prédios históricos.

No contrato assinado com a empresa vencedora da licitação está especificado que a revitalização do prédio deverá ser feita de acordo com as normas que regulamentam a conservação do patrimônio histórico brasileiro, pois a Estação Ferroviária de Paranaguá foi tombada em 1990.
 

Prefeitura admite obra deverá atrasar

O Engenheiro Silvio Loyola reconheceu, no programa de rádio do Prefeito, que o processo de restauração pode demorar mais que o previsto e que a Prefeitura ainda não definiu que destino dará ao prédio após a conclusão da obra. Disse que já houve contato com a Fecomércio e o Sebrae para que estas entidades ajudem a definir a utilidade da histórica estação ferroviária. “Não adianta colocarmos lá apenas o museu e nenhuma outra atividade que dê sustentabilidade (retorno financeiro) porque aquele edifício histórico precisa de uma manutenção cara”, afirmou Loyola.

O Jornal dos Bairros acompanhou, durante uma semana, a rotina dos únicos trabalhadores que frequentam a obra de restauração da Estação Ferroviária. Neste período, o que se observou é que os dois se limitavam a andar de um lado para outro e a recolher algumas sobras de entulho. Da mesma forma, o andaime instalado na frente do prédio ainda não está sendo utilizado e serve para esconder uma obra praticamente sem nenhuma atividade.