Termina greve dos motoristas e dos cobradores de Antonina


Por Redação JB Litoral Publicado 24/06/2016 às 16h53 Atualizado 14/02/2024 às 14h02

Presidente da categoria e associados de nariz de palhaço para mostrar a indignação da categoria

Terminou na segunda-feira (13), após 11 dias de paralisação, a greve protagonizada por motoristas e cobradores de Antonina. A categoria, representada pelo Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Anexos de Paranaguá (Sindicap), lutou pela renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a recomposição do salário acima da inflação e o pagamento dos vencimentos.

Depois de várias negociações, os trabalhadores conseguiram que as reivindicações fossem atendidas. De acordo com um dos diretores da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar) e mediador das negociações José Aparecido Faleiros, os empregados que ganham salários acima do piso conquistaram 10% de correção linear. Já o piso dos cobradores e dos motoristas sofreu reajuste de 10,47%.

O trabalhador do setor interno – da secretaria, da manutenção e da limpeza – também obteve ganhos. O salário deles era menor do que o dos cobradores. Com as reivindicações, eles alcançaram a equiparação dos salários, com correção de 27%. Além disso, os funcionários conquistaram 29% de ganho sobre o vale-alimentação.

“A empresa também se comprometeu a não descontar os dias parados, a não impor retaliações aos empregados e nem mover ação contra o Sindicato por perdas e danos”, contou Faleiros.

Os vencimentos atrasados foram depositados. Os funcionários receberam a promessa de que os pagamentos de salários, vale-alimentação e férias serão feitos nos dias corretos.

O presidente do Sindicap, Josiel Veiga, destaca que a greve trouxe benefícios para o fortalecimento da categoria. Foi a primeira vez que os trabalhadores rodoviários de Antonina cruzaram os braços para reivindicar melhores condições de emprego e salário.

“A categoria, hoje, se sente fortalecida, porque acredita no Sindicato. Todos os trabalhadores que participaram dessa greve, tanto em Morretes como em Antonina, são sócios do Sindicato”, avaliou o presidente. Hoje, o Sindicap representa uma média de 50 a 60 trabalhadores.

 

Fonte e fotos: Fetropar