Vereador eleito denuncia falta de soro antiofídico no Hospital Regional do Litoral


Por Redação JB Litoral Publicado 04/12/2016 às 14h46 Atualizado 14/02/2024 às 17h14

Regional se comprometeu a normalizar a situação. Foto/Sesa

No último dia 16, o Vereador eleito Jaime Ferreira dos Santos, o “Jaime da Saúde” (PSD), denunciou nas redes sociais a possível falta de soro antiofídico no Hospital Regional do Litoral (HRL), postagem que recebeu dezenas de compartilhamentos de cidadãos de Paranaguá e do litoral.

O soro é utilizado em ataques de cobras e animais peçonhentos, ação que aumenta no período de verão que está prestes a se iniciar e elevará o número de pessoas na região, com a chegada de milhares de turistas para a temporada de verão. Aliado a isto, o clima quente faz com que cobras procurem ambientes mais frescos, muitas vezes, próximos aos seres humanos.

Recebi uma informação séria de que o Hospital Regional do Litoral (HRL) está sem o soro antiofídico. Isto é muito grave, pois estamos com clima de verão, muito calor e “neste período acontecem muitas picadas de cobras. Espero que a 1ª Regional de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) tome logo uma providência para resolver esta situação, antes que aconteça o pior”, denunciou o vereador eleito.
 

O Médico Veterinário Jaime de Matos Júnior, do Setor de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde de Guaramirim, em Santa Catarina, município com alta presença de ataques de cobras, ressalta que o verão é um período de alerta com relação aos ataques dos animais peçonhentos. As cobras, por serem animais termoconfirmistas, que necessitam da temperatura ambiente para poder regular a temperatura interna do corpo, no período de verão precisam de lugares mais frescos para que seu organismo não se aqueça demais.

 


Soro é essencial para picada de cobras e animais peçonhentos.

Soro antiofídico é indispensável

 

A possível falta de soro antiofídico no Hospital Regional cria um alerta em toda a sociedade. Segundo o setor de biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), após a pessoa ser picada, é necessário que procure ajuda em até 30 minutos. Além disto, a UFRJ, ressalta a necessidade de lavar o local da picada com água ou água e sabão, aplicar compressa de gelo e posteriormente transportá-la, preferencialmente em maca, e com aplicação, indispensável, do soro antiofídico por um médico. Caso possível, é preciso que se leve a cobra para identificação do espécime, fazendo com que o médico saiba o tipo de tratamento e soro a aplicar.

 

HRL se comprometeu a normalizar a situação

Segundo Jaime da Saúde, após a denúncia realizada nas redes sociais, a direção do Hospital Regional do Litoral e da 1ª Regional de Saúde entrou em contato com o mesmo. “Eles já me ligaram dizendo que estão resolvendo”, completa. O vereador eleito irá continuar sua fiscalização em torno da concessão de soro antiofídico no HRL.

 

*Com informações da UFRJ e JDV Online.