Viaduto no Parque São João modificará espaços comerciais em Paranaguá


Por Redação JB Litoral Publicado 04/02/2017 às 21h31 Atualizado 14/02/2024 às 17h44

Projeto elaborado por meio do Programa de Investimento em Logística (PIL), do Governo Federal, ainda na gestão da Ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a construção de cinco novos viadutos na região portuária e imediações modificará o desenho logístico de alguns bairros de Paranaguá.

Um destes locais é o Parque São João, mais precisamente na rotatória que dá acesso às Avenidas Bento Munhoz da Rocha Neto e Atílio Fontana. Pelo projeto original, a ideia é que um viaduto seja construído, desafogando o trânsito proporcionado pela atual rotatória e facilitando o acesso de motoristas, pedestres e ciclistas aos bairros que margeiam o espaço, em uma situação idêntica ao do viaduto da PR 407. Contudo, a construção demandará algumas desapropriações, o que alterará certas residências e comércios do bairro. De acordo com o presidente da Associação de Moradores do Parque São João, ao menos três locais serão afetados diretamente com a obra.
 

Presidente do bairro, Mario Ebres mostrou as plantas do projeto e as alterações necessárias.
 

“Pelos mapas que tivemos acesso, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), uma residência precisará ser desapropriada, inclusive, valores já estão sendo levantados por meio de uma imobiliária para que se encontre uma cotação de mercado para o imóvel. Além disto, uma pequena parte do Malucelli Materiais de Construção será atingida, em um trecho que compreende umas das casas que fica em exposição. Talvez o maior problema esteja no posto de gasolina O Cupim, já que na planta da nova construção, o alargamento irá atingir a área do posto, bem em cima de uma das bombas de combustível, que pertence à faixa de domínio do DER”, explicou.

 

Construções precisarão ser modificadas para que obra saia do papel. Foto/JB

Benefício para todos

Segundo o presidente da Associação dos Moradores do Parque São João, o líder comunitário Mario Ebres dos Santos, “haverá a necessidade de estabelecer um denominador comum para tentar resolver a situação, já que um novo arranjo estrutural precisará ser feito para solucionar o impasse envolvendo o posto de combustíveis”. Afora esta dificuldade, Ebres enxerga de forma positiva a construção do viaduto. “O tráfego atualmente é muito intenso e confuso por aqui. Muitos caminhoneiros não respeitam o trânsito, estacionam seus veículos na contramão, impedindo o acesso de carros às regiões residenciais, sem contar o alto fluxo e os acidentes que são recorrentes. Uma obra deste porte irá ser benéfica para todos, pois faria com que os veículos que estão no sentido porto ou Curitiba não atrapalhem o trânsito do espaço, permitindo um acesso mais digno aos moradores do bairro, sem contar na segurança que irá proporcionar a ciclistas, motociclistas e pedestres”, destacou.

 

Outras obras

Ao todo, além do viaduto na Atílio Fontana, o projeto contempla ainda outros quatro viadutos: no quilômetro 5, na interseção com a BR-277; no quilômetro 3,4, no trevo de acesso à Fertipar; no quilômetro 4,3, no trevo de acesso ao Aeroparque; e no quilômetro 6,7, no entroncamento do Santa Rita.

Apesar de ter sido elaborado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), com um valor estimado em cerca de 40 milhões de reais, os recursos são provenientes da União, já que, em virtude de a estatal possuir uma dívida junto à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), a contrapartida foi feita com a elaboração e execução das obras.

Os investimentos ainda não saíram do papel. Apesar de o projeto estar pronto, eles ainda dependem da autorização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), já que as áreas para obras estão fora do porto organizado. No entanto, os orçamentos e a revisão do projeto básico estão sendo concluídos. Após as autorizações, inicia-se o licenciamento ambiental. Com o licenciamento prévio em mãos, será feita a contratação dos projetos de engenharia e, na sequência, a licitação e a execução da obra.