Votação de ajuste fiscal em Curitiba tem novo confronto


Por Redação JB Litoral Publicado 26/06/2017 às 19h51 Atualizado 14/02/2024 às 18h58

Pela segunda vez, a votação de um pacote fiscal na Câmara de Curitiba registrou confronto entre servidores e policiais militares, com 24 pessoas feridas, na manhã desta segunda-feira (26).

Parte dos 3.500 manifestantes que protestavam contra o pacote tentaram furar o bloqueio policial, empurrando a grade de proteção. Os policiais responderam com sprays de pimenta, bombas de gás, cassetetes e tiros de borracha. Alguns manifestantes atiraram pedras e pedaços de pau. Três pessoas foram detidas.
 


Servidores Municipais que realizam protesto em frente a Ópera de Arame em Curitiba (PR) entraram em confronto com os Policiais Militares durante votação do projeto do prefeito Rafael Grega (PMN) (Foto: Joka Madruga/Futura Press/Folhapress)

Segundo a Secretaria da Segurança do Paraná, 24 pessoas ficaram feridas, sendo 14 policiais. Três manifestantes tiveram que ser levados para hospitais, feridos com balas de borracha, assim como cinco PMs. Um deles teve a mandíbula fraturada e deve passar por uma cirurgia.

 (Foto: Franklin de Freitas/Folhapress)

A despeito do confronto, os vereadores instalados na Ópera de Arame para evitar novas invasões da Câmara continuaram a sessão normalmente. Dois vereadores, Goura (PDT) e Professora Josete (PT), se retiraram do local, em protesto. As medidas foram aprovadas em primeira discussão.

Os servidores queimaram jalecos em protesto às mudanças propostas pela Prefeitura de Curitiba. (Foto: Rodrigo Félix Leal/Futura Press/Folhapress)

Depois do encerramento da sessão, no final da manhã, cerca de 40 manifestantes ocuparam o saguão da prefeitura, exigindo uma audiência com o prefeito Rafael Greca (PMN). Por volta das 18h, um grupo permanecia no local, e dizia que passaria a noite no prédio.

O pacote proposto pela prefeitura impõe um teto aos gastos com pessoal, suspende o plano de carreira dos servidores, corta gratificações como a licença-prêmio e aumenta a contribuição previdenciária, entre outras medidas.

A prefeitura diz viver “calamidade financeira”. A votação final ocorre nesta terça (27).