Número de acidentes na BR 277 torna rodovia uma das mais perigosas do Estado


Por Redação JB Litoral Publicado 23/03/2021 às 18h44 Atualizado 15/02/2024 às 21h18
Viatura PRF

Por Marinna Protasiewytch

O caminho que liga a capital do estado ao litoral paranaense é trilhado pela BR277. São quase 100 quilômetros de extensão, da rodovia que corta o estado do Paraná inteiro e termina em Foz do Iguaçu. Porém, segundo um levantamento realizado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) a região da serra paranaense é uma das mais perigosas dentre os 732,2 kms de extensão.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Paraná informou que, no ano de 2020, foram registrados 479 acidentes no trecho entre São José dos Pinhais e Paranaguá, tendo 463 feridos e 46 mortos. Já em 2021, até o fim de fevereiro, foram 65 acidentes, 71 feridos e dois óbitos. Segundo o policial rodoviário federal, Maciel Junior, o problema não é a rodovia em si, mas sim o comportamento dos motoristas.

Caminhão tanque, que tombou e pegou fogo em 2016, matou quase dez pessoas, área de escape poderia ter evitado acidente

“A BR277 não é uma rodovia perigosa porque possui um pavimento bom, com boa sinalização. Porém, o que se vê é que o motorista, muitas vezes, é imprudente na condução do veículo. Às vezes, por excesso de confiança. Desses acidentes registrados, a maioria acontece pela falta de atenção do motorista e a segunda pela desatenção do pedestre”, afirmou o policial da PRF.

Principais causas de acidentes registradas nos últimos dois anos
Saída da pista114
Colisão traseira117
Colisão lateral58
Colisão com objeto estático51
Tombamento37

Área de escape

Com o alto tráfego de caminhões no percurso, por conta do porto de Paranaguá, a concessionária que administra o trecho, a Ecovia, construiu há três anos uma área de escape. Utilizado por veículos pesados em casos de emergências mecânicas, o local já salvou 48 vidas desde a sua construção, em dezembro de 2018.

Dilson da Silva é caminhoneiro há 23 anos e foi um dos que precisou usar o local. “A gente sempre viaja nesse trecho e chegou um dia que não deu freio. Eu sabia pelas placas do escape e segurei como deu o caminhão até lá. Se não tivesse aquilo lá, nem quero saber o que aconteceria comigo”, contou aliviado.

Dirigir em segurança

Segundo a PRF, para que o condutor tenha uma viagem tranquila e previna o máximo possível de imprevistos, é preciso cautela e consciência. “A gente pede para que o motorista verifique o veículo e sempre faça as manutenções preventivas. Usar o sinto de segurança também ajuda a evitar danos maiores, em caso de acidente. Mas, principalmente, é preciso atenção total na pista, programar o GPS antes de sair de casa, não mexer no celular ou fazer ligações e sempre praticar a direção defensiva”, concluiu Maciel Junior.