O enigma da “invasão de insetos” em Paranaguá foi desvendado; descubra do que se trata

Nesta segunda-feira (18), Paranaguá foi abalada por um enigma que agitou as redes sociais. Uma destemida moradora levantou uma questão que deixaria até mesmo Sherlock Holmes coçando a cabeça: qual é a identidade do inseto que está se espalhando por toda a cidade?

O post misterioso desencadeou uma verdadeira chuva de respostas nos comentários, tornando-se uma espécie de show de variedades do estudo amador de insetos. Algumas pessoas juravam de pé junto que essas criaturas estavam infestando seus quintais. Outras lançavam dúvidas sobre a espécie do inseto, enquanto algumas audaciosas compartilhavam suas teorias selvagens sobre o assunto.

Um cidadão convencido afirmou que se tratava do lendário “fede-fede”. Outro chutou que era o terrível “barbeiro”, o agente da Doença de Chagas, pronto para atacar. Teve até quem dissesse que, se esse bicho ousasse dar uma picadinha, a alergia seria o menor dos problemas!

Uma moradora visionária decidiu nomear o animal e batizou-o carinhosamente de “mostardinha”. Mas os mais alarmados juraram que era uma invasão de insetos, e que estávamos diante de “uma praga do fim do mundo”. Alguém chama o Will Smith para proteger a Terra!

Mas o JB Litoral, não satisfeito com teorias conspiratórias, foi em busca da verdade. Tivemos uma conversa esclarecedora com o biólogo Caio Fernandes, que nos tranquilizou dizendo que não estamos à beira do apocalipse.

Segundo o biólogo, o inseto em questão é o Plecia nearctica, uma criatura da ordem Diptera, que é mais ou menos parecida com os mosquitos, mas sem a chatice das picadas. Eles podem ser pretos quando fêmeas, ou vermelhos, quando machos. As larvas desse bicho têm um gosto particular por matéria vegetal parcialmente decomposta e, aparentemente, adoram fazer festas em áreas úmidas e pastagens cheias de estrume de vaca.

E aqui está a cereja do bolo: esses insetos têm o bom senso de aparecer só em certas épocas do ano, entre abril-maio e agosto-setembro, e duram cerca de quatro semanas cada vez. Ou seja, definitivamente não é um sinal do fim do mundo.

O biólogo Caio Fernandes ainda revelou que estamos vivendo a época de reprodução dos Plecia nearctica, e que a região parece estar com uma falta gigante de predadores naturais desses insetos, como lagartixas e anfíbios (sapos, rãs e pererecas).

Portanto, Paranaguá pode ficar tranquila, os insetos são apenas convidados sazonais que vieram curtir a cidade por um tempo. O apocalipse fica adiado para outra ocasião!