Polícia divulga retrato falado de suspeito de homofobia em shopping de Curitiba
Nesta quinta-feira (14), a Polícia Civil do Paraná (PCPR) divulgou o retrato falado de um homem suspeito do crime de discriminação contra um jovem de 29 anos. O caso ocorreu no dia 30 de novembro de 2023 em um shopping no bairro Mossunguê, na cidade de Curitiba.
De acordo com as informações divulgadas pela PCPR, na data do fato a vítima estava dentro do banheiro do estabelecimento comercial quando cruzou com outro cliente, que o ameaçou e o perseguiu por cerca de 600 metros no interior do shopping.
Durante a perseguição, o suspeito realizou diversas ameaças com teor homofóbico contra o jovem, que terminaram no pátio do estacionamento.
O delegado da PCPR José Pinhão explica que foram solicitadas as câmeras de segurança do local para auxiliar no andamento das investigações, bem como realizado o retrato falado do suspeito.
“Solicitamos que a vítima comparecesse até o Instituto de Identificação do Paraná (IIPR), no setor de representação facial humana, para repassar as características do indivíduo. Conforme relato, seria um homem de cor branca, cabelo preto e curto, olhos castanhos, altura de 1,77 metros e idade aproximada de 20 anos”, afirma Pinhão.
A PCPR segue investigando o caso a fim de identificar o suspeito e esclarecer os fatos.
RETRATO FALADO
A técnica de confecção de retratos falados é realizada pelo IIPR, através dos papiloscopistas policiais. É utilizado um software em que são mostradas páginas com rostos, olhos, nariz e boca para quem está descrevendo o suspeito.
O papiloscopista Rodrigo Bertuol explica que após unificar todas as peças, a imagem é exportada para um programa de edição para equalizar os tons de pele e incluir acessórios caso a vítima aponte que eles serão necessários na identificação, como bonés ou roupas com características específicas.
No final, o descrevente indica qual o grau de similaridade entre a representação facial humana e a imagem que estava querendo descrever.
“O retrato falado busca sempre fazer com que a pessoa que está descrevendo o suspeito repasse algumas características que auxiliarão a equipe de investigação a chegar no autor do crime”, conclui Bertuol.
DENÚNCIAS
A PCPR solicita a colaboração da população com informações que auxiliem na identificação do suspeito. As denúncias podem ser feitas de forma anônima, pelos números 197, da PCPR ou 181, do Disque-Denúncia.