Antes mesmo de entrar em tramitação, Projeto de Lei gera polêmica e palavrão em sessão na Câmara de Guaratuba


Por Flávia Barros Publicado 08/03/2024 às 21h48
Ricardo Borba (Republicanos) usou a palavra para dizer que não cederia a pressões, sem citar do que se tratava. Foto: Reprodução
Ricardo Borba (Republicanos) usou a palavra para dizer que não cederia a pressões, sem citar do que se tratava. Foto: Reprodução

Um Projeto de Lei de autoria da Mesa Diretora da Câmara de Guaratuba, que versa sobre os subsídios dos agentes políticos para o próximo mandato, de 2025 a 2028, gerou polêmica e discussão durante a sessão plenária da última segunda-feira (26). O PL pretende fixar os salários do prefeito e vice-prefeito em R$ 21.600,00 e R$ 9.300,00, respectivamente; dos secretários municipais (e ocupantes de cargos da mesma natureza) também em R$ 9.300,00; e dos vereadores em R$ 9.658,80, a partir de 1º de janeiro de 2025, e R$ 10.034,54 a partir de 1º de fevereiro de 2025.

Logo no início da sessão, o primeiro a falar foi o vereador Ricardo Borba (Republicanos), que disse que não cederia a pressões sem explicar do que se tratava. “Eu vou ser simples e direto em minha fala; não adianta fazer lavagem cerebral, pressão psicológica ou ameaça, eu nunca cedi, nem nunca vou ceder a qualquer tipo de pressão“, disse o parlamentar.

Em resposta à fala do republicano, o vereador Juliano da Rosa de Paula (MDB), o Juliano Petruquio, demonstrou descontentamento. “Fiquei meio encucado com a palavra do vereador Ricardo e estou até agora sem entender. Vejo que a política, a cada dia, tem uma cara, cada dia tem um jeito de se negociar. Tem um lado que quer ser um bom mocinho, muitas vezes só na frente dessa tela, mas por trás reclama do mesmo problema. Eu cheguei de uma forma que, sendo quem sou, se eu tiver de sair daqui, vou como o mesmo ‘Petruquio velho de guerra’. Por isso tenho orgulho do meu amigo Ananias [que dizia] filho da puta é filho da puta, parceiro é parceiro“, disparou.

A fala gerou surpresa entre os presentes e o vereador Ricardo falou novamente. “O vereador falou um palavrão citando meu nome. Eu não tenho nenhum combinado com base do prefeito, não tenho nenhum combinado com base aqui nessa Câmara, agora isso foi uma falta de respeito e eu quero saber o que a senhora vai fazer a respeito“, indagou Borba à presidente da Casa Legislativa, Cátia Regina Silvano, a Cátia do Doro.

Eu vou analisar, vereador, não se preocupe“, afirmou a presidente, dando sequência à sessão.

Em resposta a Borba, Juliano Petruquio (MDB) fala palavrão e altera os ânimos durante a sessão plenária. Foto: Reprodução


Justificativa


Procurado pelo JB Litoral, o vereador Ricardo Borba afirmou que já havia sido contrário ao reajuste de salários em oportunidade anterior, em 2022. Na ocasião, o aumento foi barrado na Justiça. Agora, com a pauta voltando a ser cogitada, ele afirma ter sido pressionado, mas que se manteve contrário.

O projeto ainda não entrou na Casa; a Mesa estava apenas recolhendo as assinaturas de todos os vereadores para entrar com o projeto, mas eu não assinei. Então, por me negar a assinar o PL, uma reunião foi marcada somente entre os vereadores e, nas conversas, alguns tentaram me fazer mudar de opinião e assinar. Eu me neguei novamente e fiz essa fala na sessão, sem citar nomes, para reafirmar o meu posicionamento”, contou Borba.

O espaço segue aberto, no JB Litoral, caso o vereador Juliano Petruquio queira se manifestar.

Sessão Plenária dia 26 de fevereiro de 2024 – Câmara Guaratuba

Sessão Plenária dia 26 de fevereiro de 2024 – Câmara Guaratuba

Publicado por Câmara Guaratuba em Segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

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