Ecos da Negritude; projeto itinerante que começará pelo Litoral
Ecos da Negritude foi o nome escolhido para um projeto ousado e definido pelo Movimento Negro e que passará por várias regiões do Paraná, começando pelo Litoral. O lançamento deve acontecer no dia 13 de maio deste ano como ficou combinado durante reunião de trabalho realizada, recentemente, entre representantes do Movimento e o secretário Municipal de Comunicação da Prefeitura de Paranaguá, Osvaldo Capetta, na oportunidade representando o prefeito Edison Kersten.
O projeto Ecos da Negritude será lançado no dia 13, no Teatro Rachel Costa, em Paranaguá e será realizado até novembro deste ano em 57 escolas do Litoral. Serão 12 escolas de seis cidades da região e 45 de Paranaguá, sendo 15 escolas municipais e 30 estaduais.
“O objetivo é resgatar a história do negro no Litoral”, enfatizou Gerson Luiz Augusto, representante do Movimento Negro, em Paranaguá. Ele ainda explicou que o Movimento pretende apresentar uma proposta concreta da história do negro no Paraná.
Gerson explicou que o número de 57 escolas não foi escolhido aleatoriamente. É que 57 são os países de onde vieram os negros da África para o Brasil. E o projeto pretende manter contatos com os países e embaixadas para recuperar informações, trajes típicos, documentos, fotografias, entre outros itens para fazer parte do projeto.
“Com certeza é uma excelente iniciativa”, destacou o jornalista e secretário de Comunicação, Osvaldo Capetta. “Com este projeto, os nossos jovens vão estudar e conhecer a cultura, a história e a trajetória do negro no Litoral, no Paraná e no Brasil, o que hoje é muito difícil, muito fragmentado”, completou.
Por meio da Secretaria de Comunicação será feita a integração com as secretarias de Educação, Cultura e Turismo para a realização dos próximos seis meses de trabalho. O dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, deve ser comemorado com um ato no Aeroparque e a apresentação do resultado dos trabalhos e um show de nível nacional.
“É importante lembrar que Paranaguá foi a porta de entrada dos escravos, sendo que a Ilha dos Valadares era usada para deixá-los de quarentena e tínhamos dois quilombos pela região, em Guaraqueçaba”, lembrou o secretário de Comunicação.
Lucélia Salgado e Edicleia Nascimento, também do Movimento Negro de Paranaguá, participaram da reunião e destacaram que será feito um link com os países de onde vieram negros para o Brasil para serem escravos como Angola, Moçambique, Senegal e Cabo Verde.