Em Curitiba, Dilma volta a defender plebiscito e ouve vaias a Moro
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Foto: Reprodução Facebook/Gleisi Hoffmann
(FOLHAPRESS) – Num ato com movimentos sociais e sindicais em Curitiba, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) voltou a defender o plebiscito por novas eleições e reforma política.
“Eu apoio o plebiscito, sim. O Brasil tem de fazer uma discussão clara sobre como fazer a reforma política, e isso não pode vir de cima”, afirmou.
A proposta de plebiscito foi descartada pelo presidente do PT, Rui Falcão, mas Dilma continua a defendê-la.
“Não é possível tirar do povo a chance de escolher”, declarou.
Na terra da Lava Jato, foram ouvidas vaias ao juiz Sergio Moro, que conduz os processos da operação e foi chamado de “salvacionista”, “popstar” e “político” em outros discursos.
A petista não fez menções ao juiz. O discurso de meia hora serviu como uma preliminar da sua defesa no processo de impeachment -que, se passar por nova votação nesta terça (9), será julgado no fim do mês.
Dilma voltou a afirmar que há “um golpe em curso que está dilacerando o país”, disse que não cometeu crime de responsabilidade e que o impeachment foi movido por interesses econômicos e políticos.
“Eles estão aplicando no país um programa de governo que nunca teria sido aplicado se tivesse passado pelas urnas”, discursou.
O ato, feito numa tenda montada numa praça central de Curitiba -apelidado de “Circo da Democracia”-, foi pontuado por apresentações musicais e declamações de poema. Rosas brancas foram entregues a Dilma, que ainda abraçou o público após seu discurso.
A presidente afastada disse estar emocionada e afirmou que encontra “a força de resistir” em meio à população.
No palco, também estavam os senadores paranaenses Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB), além do jurista Marcelo Lavenère, autor do pedido de impeachment de Collor.