PMDB fará convenção para decidir se casa com Richa ou se o deixa


Por Redação JB Litoral Publicado 10/02/2016 às 14h28 Atualizado 14/02/2024 às 12h15

A direção do PMDB do Paraná está preparando uma convenção para o início de março com o objetivo é decidir se o partido fica no governo Beto Richa (PSDB) ou se vai para a oposição. O PMDB estadual está dividido em duas alas, uma capitaneada pelo senador Roberto Requião, que é oposição ferrenha ao governo estadual; e outra, liderada pelo ex-governador Orlando Pessuti e pelo deputado Luiz Claudio Romanelli, que defende com unhas e dentes uma aliança com Richa, em troca de cargos e outras benesses do Poder. Na convenção, o assunto será tratada de forma franca, honesta e dura: ou os integrantes do PMDB que apoiam os tucanos deixam os cargos que ocupam ou terão que deixar o partido.

PMDB: o fiel da balança na Assembleia

O governo Richa conta com maioria folgada na Assembleia. Mas é o PMDB o partido que dá maior sustentação às maldades constantes enviadas pelo governador para aprovação dos deputados. Tanto que o líder do governo é o peemedebista Luiz Claudio Romanelli. A maior bancada na Assembleia do Paraná é a do PSC, do Ratinho Júnior. Mas essa bancada não tem sido tão leal a Richa quanto os vira-casacas do PMDB comandados por Romanelli. E é para virar este jogo, que a executiva está convocando a convenção para março.

Quando foi eleito, em outubro passado, para dirigir o PMDB, o senador Roberto Requião anunciou que iria “limpar o partido dos aliados de Richa“. E essa limpeza vai começar já a partir de março. O PMDB quer ir unido para a disputa da Prefeitura de Curitiba, neste ano. O nome apresentado pelo partido é o do deputado estadual Requião Filho. Com a saída do PMDB do governo Richa, Requião espera que o filho não sofra as traições que ele sofreu na disputa pelo governo do Estado em 2014, quando o próprio colega de partido, Orlando Pessuti ocupou o horário do PSDB para atacá-lo. Hoje, Pessuti é diretor do BRDE, indicado por Richa.

Se os deputados do PMDB que apoiam Richa não recuarem, serão expulsos e perderão os mandatos. Estão nesta situação os deputados Ademir Bier, Alexandre Curi, Artagão Júnior, Jonas Guimarães e Luiz Claudio Romanelli. Votam contra o governo, os deputados peemedebistas Requião Filho, Nereu Moura e Anibelli Neto, que sempre foi contra o governo Richa e leal ao velho PMDB de guerra do senador Requião.