Rudão Gimenes não terá mandato cassado em Pontal do Paraná
Nesta terça-feira (11) ocorreu a sessão ordinária da Câmara dos Vereadores de Pontal do Paraná. Transmitida ao vivo pelas redes sociais, nela deveria ocorrer o anúncio da abertura de uma Comissão Processante, onde o alvo seria o atual prefeito da cidade Rudisney Gimenes Filho (MDB), o Rudão Gimenes. As 17 horas era aguardada uma coletiva de imprensa, onde seriam revelados os motivos da abertura da investigação na casa parlamentar e o porquê da abertura uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas em uma reviravolta a comissão não chegou a ser aberta.
O anúncio que deveria ser feito pela presidente da Câmara de Vereadores de Pontal do Paraná, Nega Borges, não ocorreu porque os vereadores rejeitaram a comissão processante por 10 votos a 1. O relatório foi elaborado tendo base no Decreto Lei 201/1967, que disciplina a responsabilidade dos prefeitos e vereadores e, determina ações com as quais podem ter seus mandatos cassados.
“Nós vamos sim apurar uma Processante e aqueles que estiverem por traz vão ser penalizados e meu voto também é não”, disparou a presidente da Câmara, durante a sessão transmitida ao vivo.
Entretanto, após a leitura do relatório para instaurar a Processante, o vereador Paulo Roberto Parada (PDT) defendeu a existência de diversas contradições na elaboração do processo, que citou também o Decreto Lei 204/1967, que trata da exploração de loterias no país, sem nenhuma referência com o assunto.
A presidente da Câmara, Nega Borges, mesmo sem necessidade de votar, justificou seu voto contrário a Processante com um discurso forte e indignado ao perceber que se faltou com a verdade na exposição dos fatos.
“Meus sentimentos à família, mas faltar com a verdade num momento de pandemia é a coisa mais doída que uma pessoa pode sentir”, disse a presidente, antecipando que tudo será investigado.