Após viagem a Lisboa, Jacqueline Wendpap é exonerada da APPA


Por Redação JB Litoral Publicado 02/10/2017 às 15h33 Atualizado 14/02/2024 às 22h34

Dezessete dias após sua participação no X Congresso dos Portos de Língua Portuguesa, promovido pela Associação dos Portos de Língua Portuguesa (APLOP) e realizado na cidade de Lisboa, a Advogada Jacqueline Andréa Wendpap foi exonerada, novamente, do cargo de Diretora Jurídica da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) pelo Governador Beto Richa.

No Decreto 7858, publicado no Diário Oficial do Paraná nesta segunda-feira (02) e assinado na sexta-feira (29) pelo governador Beto Richa, além da exoneração da advogada, o governador nomeou, mais uma vez, para ocupar o cargo, o também Advogado Jackson Luis Vicente. É a segunda vez que ele assume a função em substituição a Wendpap. A primeira vez ocorreu no dia 17 de maio e durou menos de três meses, com o retorno dela ao cargo no dia 9 de agosto. Entretanto, duas semanas após participar do evento internacional, promovido pela APLOP, entidade na qual a APPA não faz parte como membro associado, a advogada foi novamente exonerada.

Ao receber uma denúncia anônima da sede administrativa do porto, o Palácio Taguaré, a qual informou que ela não poderia ter viajado sem autorização governamental e sua presença no X Congresso dos Portos de Língua Portuguesa surpreendeu até mesmo alguns diretores, que souberam da viagem e participação, por meio da reportagem do Jornal dos Bairros.

O evento internacional aconteceu na Gare Marítima de Alcântara e contou com a presença de Ana Paula Vitorino, Ministra do Mar, e de Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Ao longo de dois dias foram abordados temas como o investimento em infraestruturas, o desenvolvimento do negócio portuário, o direito portuário nos países de língua portuguesa, a integração nas cadeias logísticas e as tendências de shipping e as oportunidades para o espaço da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

 

Advertido pela APPA

Vale destacar que o advogado que assume pela segunda vez a Diretoria Jurídica do porto, em março de 2016, foi alvo de reportagem do JB pelo uso inadequado de impresso com timbre da APPA e do Governo do Paraná, em ação trabalhista em tramitação na 4ª Vara do Trabalho da cidade de Londrina.

Apesar de questionada, mas sem nenhuma resposta por parte da Assessoria de Comunicação da empresa pública, na época, a reportagem usou a Lei Federal 12.527/2011, obrigando o porto a se manifestar a respeito do assunto. Mesmo com a comprovação do uso inadequado de impresso oficial, em sua resposta, o Diretor-presidente, Luiz Henrique Tessuti Dividino caracterizou a situação irregular como “mera não conformidade administrativa” a qual já havia sido sanada. “Não há ilegalidade no ato praticado pelo advogado”, disse a APPA que limitou dar uma punição de advertência verbal ao advogado, uma vez que o ato não foi considerado uma irregularidade.