Cattalini movimentou mais de 5 milhões de toneladas de líquidos em 2022; segmento está em alta no Porto de Paranaguá

No ano passado, o Porto de Paranaguá teve um aumento de 15% na atracação de embarcações que atendem o segmento de líquidos. Foram 627 navios, enquanto que, em 2021, foram 543. O crescimento na movimentação deste tipo de carga foi o mais significativo nos portos paranaenses e, por isso, há um planejamento para atender essa demanda progressiva.

O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, destaca que, apesar do segmento representar apenas 15% da movimentação geral, o crescimento entre as cargas líquidas foi o mais expressivo. “A alta da demanda do setor dos granéis líquidos tem sido gradativa e estamos nos preparando para atender essa necessidade futura do mercado”, diz.

Já pensando nessa demanda, uma área com cerca de 85 mil metros quadrados, voltada para os granéis líquidos, vai a leilão na B3, a Bolsa de Valores do Brasil, no próximo dia 24 de fevereiro. “A PAR50 prevê investimentos da ordem de R$ 338 milhões para ampliar ainda mais a movimentação e armazenagem dos líquidos no Paraná”, afirma Garcia.

Líquidos

No Porto de Paranaguá são quatro berços dedicados aos navios de líquidos – dois no píer público e outros dois no terminal de uso privativo da empresa Cattalini. Pelo píer público, em 2022, houve 288 atracações (11% a mais que as 260 registradas em 2021). Na Cattalini Terminais Marítimos, 339 atracações (20% superior que em 2021, com 283).

Os principais líquidos movimentados são o óleo diesel na importação – 2,6 milhões de toneladas, o que representa quase 46% do total de líquidos importados pelo Brasil – e o óleo de soja na exportação, quase 1,5 milhão de toneladas, 65% do total de líquidos exportados pelo País.

De óleo diesel importado, o volume em 2022 é praticamente o mesmo que o registrado no ano anterior. Já o óleo de soja apresentou alta de 27% em relação a 2021, com 1,1 milhão de toneladas exportadas do produto.

A grande responsável pelo crescimento

Ao JB Litoral, o gerente comercial sênior da Cattalini, Lucas Cezar Guzen, explica que a empresa é uma das grandes responsáveis pelo crescimento da movimentação das cargas líquidas, e que bateu todos os recordes em 2022, movimentando mais de 5 milhões de toneladas. Além disso, afirma que é, também, o principal terminal para as operações do segmento.

“O Porto de Paranaguá consolida-se nos mercados nacional e internacional na movimentação de granéis líquidos, com destaque para a importação de derivados claros (diesel/gasolina), metanol, soda cáustica e óleos vegetais aquecidos, e exportação de óleo vegetal, etanol e biodiesel, tendo a Cattalini como o principal terminal para as operações destes segmentos, com segurança e agilidade”, diz.

O gerente destaca que o Brasil sempre foi um grande produtor de biodiesel, mas que 100% do produto era consumido no mercado doméstico, ou seja, internamente. Contudo, em 2022, a Cattalini deu início às exportações deste tipo de carga pelos seus terminais, uma vez que as empresas alocaram de forma mais regular no mercado de exportação de biodiesel.

Compromisso com o desenvolvimento sustentável

“A questão da segurança é o que nos define. A Cattalini tem investido continuamente em termos de infraestrutura tanto marítima quanto terrestre. A empresa dispõe de dois berços privativos para a atracação de navios de até 70 mil DWT e, recentemente, investiu em dragagem para ampliar a profundidade dos berços, possibilitando aos navios operar com maior volume, reduzindo o custo de frete e aumentando a competitividade do Porto de Paranaguá. Soma-se a isso a iniciativa da Portos do Paraná em aumentar o calado do canal de acesso, com a derrocagem da Pedra da Palangana, o que tem possibilitado a entrada de navios maiores, tornando o porto cada vez mais competitivo”, comenta Lucas.

Ele ainda ressalta que a empresa manterá, neste ano de 2023, o compromisso de promover o desenvolvimento sustentável junto à comunidade de Paranaguá. “Assim como em 2022, em 2023 daremos continuidade nos projetos e ações sociais que apoiamos. No ano passado, a Cattalini apoiou 15 projetos via Leis de Incentivo e outros quatro com recursos próprios, principalmente nos segmentos de saúde, esporte e educação”, conclui.