Com os portos paranaenses superando todas as metas de 2023, diretor-presidente da Portos do Paraná avalia fatores que colaboraram com o sucesso do ano


Por Flávia Barros Publicado 22/12/2023 às 19h13 Atualizado 19/02/2024 às 08h42
Para o diretor-presidente Luiz Fernando, as perspectivas para 2023 eram favoráveis e foram superadas. Foto: Claudio neves/Portos do Paraná

O ano de 2023 chega ao final com o porto de Paranaguá sendo um dos maiores e mais importantes do país, o JB Litoral conversou com o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. À frente da empresa pública que administra os portos paranaenses desde 2019, Luiz Fernando falou sobre a importância das concessões na faixa portuária; como os portos paranaenses adiantaram em sete anos a meta de superar os 60 milhões de toneladas de carga movimentadas; e a relevância do porto também atuar no turismo, com a entrada de Paranaguá na rota dos cruzeiros. Acompanhe.

JB Litoral – Desde 2019 os portos paranaenses vêm superando seus próprios recordes de movimentação de cargas e 2023 não foi diferente: quais os principais fatores que levaram a essa eficiência?

Luiz Fernando Garcia – O maior marco do ano é superar 60 milhões de toneladas movimentadas em meados de dezembro, quebrando pelo quinto ano seguido nossas melhores marcas. No Plano Nacional de Logística Portuária, desenvolvido pela Antaq, a expectativa era que esse marco seria alcançado em 2030 e, mesmo com adversidades, adiantamos isso em sete anos, o que mostra que nossa gestão segue atuando com eficiência, tornando a empresa cada vez mais atraente ao mercado.

Isto se deve a uma gestão portuária eficiente, que é a melhor do Brasil pela quarta vez consecutiva. Tudo isso, aliado a obras estruturais, organização operacional e grandes projetos, permitindo que a Portos do Paraná se desenvolva constantemente, aumentando sua eficiência e ampliando as conquistas.

JB Litoral – 2023 também foi marcado por leilões que permitem muitos investimentos por parte da inciativa privada. Como o senhor avalia a questão das concessões e quais os próximos passos, nesse sentido?

Luiz Fernando Garcia – Avalio de maneira positiva a estruturação constante da faixa portuária com os novos arrendamentos licitados e novas áreas participantes dos leilões na B3. As concessões acarretam importantes investimentos para a Portos do Paraná e geração de empregos para o litoral paranaense. O leilão mais recente, realizado em dezembro deste ano, foi do PAR09, que trará R$ 910 milhões em melhorias de infraestrutura nos próximos cinco anos e gerar 150 empregos diretos.

Além disso, continuamos investindo em sustentabilidade com projetos de neutralização de carbono tanto das nossas operações como dos parceiros estratégicos. Cada vez mais queremos atrair navios verdes e oferecer estrutura para que as cargas saiam de Paranaguá e Antonina reduzindo ou zerando emissões, tornando a Portos do Paraná referência em eficiência, gestão e sustentabilidade.

JB Litoral – O ano também foi marcado pela entrada do Porto de Paranaguá na rota dos cruzeiros. Como avalia a importância do Turismo via porto?

Luiz Fernando Garcia – Minha avaliação é que a temporada de cruzeiros é um marco histórico para o litoral paranaense, considerando que é a primeira vez na história que o Porto de Paranaguá tem uma escala permanente deste tipo, o que incrementa a economia local. A previsão é movimentar cerca de R$ 20 milhões, segundo as empresas que organizam os cruzeiros internacionais. Serão mais de 40 mil turistas nos próximos meses, inclusive podendo conhecer as atrações do nosso Verão Maior Paraná.

Tradicionalmente, o Porto de Paranaguá é conhecido pela movimentação de cargas. Mas, para receber turistas, foi necessária uma integração entre a Portos do Paraná, o Governo do Estado e a Prefeitura de Paranaguá para estruturar a recepção dos turistas e tripulantes, garantindo a segurança e a melhor experiência para todos os envolvidos.