Futebol das Estrelas em Paranaguá celebrou o Dia do Portuário com ídolos do esporte
No sábado (28) foi comemorado o Dia do Trabalhador Portuário, uma alusão à abertura dos portos brasileiros e ao comércio exterior, em 1808. Em Paranaguá, segundo o Ministério do Trabalho, são mais de 4.100 pessoas registradas como portuários na carteira, o que representa 11,3% da força de trabalho da cidade.
“Este grupo, sozinho, injeta mais de R$ 231 milhões, todos os anos, na economia local. Fora os trabalhadores que atuam na atividade e não são registrados como portuários, mas como operadores de máquinas, engenheiros e motoristas, por exemplo”, destaca Luiz Fernando Garcia, diretor presidente da Portos do Paraná.
De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), Paranaguá é a segunda cidade que mais emprega portuários no Brasil, perdendo apenas para Santos. Dos 43.205 trabalhadores registrados no País como portuários, quase 10% trabalha no porto paranaense.
Futebol das Estrelas
Para celebrar a data tão importante à categoria, Paranaguá recebeu, no sábado, o Futebol das Estrelas, com a participação de ex-atletas profissionais, ídolos do futebol brasileiro e do Furacão de 2001. A largada foi dada pelos times da casa, APPA 1 (Real Matismo) e APPA 2 (Serviços Gerais), que congregaram colaboradores da empresa pública. Na partida preliminar, quem teve mais sorte foi o APPA 1, que venceu por 4 a 2.
Já no jogo principal, disputado pelos ídolos do futebol brasileiro e paranaense, quem levou a melhor foi a Seleção das Estrelas, que venceu por 5 a 3 a Seleção Paranaense. O público pôde acompanhar a partida, que foi beneficente, com a doação de 2 kg de alimentos não perecíveis. Os mantimentos arrecadados serão distribuídos às pessoas em situação de vulnerabilidade residentes nas cidades do Litoral.
Grandes nomes como Cuca, Adilson Batista, Cocito, Perdigão, Nem, Alessandro, Gustavo, Paulo Rink, Luisinho Netto, Ademir Alcântara, Alex Lopes, Castor, Saulo, Renaldo, Ney Santos, entre outros futebolistas, estiveram no Estádio Municipal Fernando Charbub Farah – o Gigante do Itiberê. O evento ainda teve outras atrações para toda a família, como autógrafos dos ídolos e distribuição de brindes.
Ídolos
Thiago Marcelo Silveira Cocito foi um dos atletas que participou do Futebol das Estrelas, aos 45 anos, ele tem uma carreira recheada de títulos. Jogador do Athletico Paranaense de 1998 a 2003, conquistou o título de campeão brasileiro em 2001. Depois, foi para o Corinthians, em seguida, para o Grêmio e, em 2005, retornou ao Athletico, onde foi vice-campeão da Libertadores e possui quatro títulos paranaenses pelo clube.
Ele também jogou na Europa. Ao JB Litoral, Cocito falou sobre a carreira e sobre o jogo de sábado. Atualmente, o ex-atleta é proprietário da escola de futebol Furacão, em Curitiba, em parceria com o ex-jogador Roberto Souza, franqueada do Athletico. “O prazer é muito grande em poder jogar, rever os amigos e, o mais importante, fazer isso por uma boa causa. Como sempre digo: sempre que tivermos a oportunidade de levantarmos a bandeira da solidariedade e olhar para o próximo, para nós é um prazer enorme”, disse.
Outro jogador que participou do evento é o ex-Seleção Brasileira Adilson Batista, de 54 anos. Seu início no futebol foi em 1986, no Athletico Paranaense, mas ele já passou pelo Cruzeiro, Internacional, Atlético Mineiro, Grêmio, Japão, Corinthians e Seleção. “Uma grande fase vivida foi nos tempos do Grêmio, nos anos 90 a 95; no Cruzeiro também, onde cheguei à Seleção; no Corinthians, ganhando o mundial. Então foram boas lembranças e tenho muito orgulho da carreira construída”, contou ao JB Litoral.
Atualmente, ele está no ‘árduo trabalho de treinador’, como avalia sua função. Como técnico, já atuou no Athletico, Grêmio, Cruzeiro, São Paulo, Corinthians, Santos, Japão, Vasco, Ceará, América e, por último, no Londrina. Sobre o reencontro com os amigos que aconteceu no Futebol das Estrelas, o técnico comenta que está muito feliz.
“Quero agradecer o convite dos portuários em participar dessa festa que é beneficente, podendo rever os amigos, grandes profissionais e jogadores consagrados, com linda história dentro do futebol, não só brasileiro como internacional, vários campeões, gente que jogou na Seleção. Jogamos um futebol, batemos uma bolinha, principalmente com o pessoal que trabalha em Paranaguá, em um jogo festivo deles, e demos nossa contribuição para arrecadar alimentos para uma causa bonita”, concluiu.
