Multas do setor de fertilizantes cai mais de 70% em Paranaguá


Por Redação JB Litoral Publicado 26/10/2017 às 20h36 Atualizado 14/02/2024 às 23h02

Os custos de sobre-estadia para os importadores de fertilizantes por descumprimento dos prazos de contrato – demurrage – caiu cerca de 72,3% no Porto de Paranaguá nos últimos seis anos. Os dados são de um estudo feito pelo Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos) e que foram apresentados, nesta quinta-feira (26), na 13ª Edição do Simpósio Sindiadubos.

Demurrage é a multa determinada em contrato, a ser paga pelo contratante de um navio, quando este demora mais do que o acordado para carregar ou descarregar produtos. Em 2011, o valor da demurrage por tonelada de fertilizante em Paranaguá era de U$ 16,88. Em 2016, o valor da multa sobre-estadia caiu para U$ 7,05 por tonelada e, em 2017, para U$ 4,68 – uma queda de 72,3% em seis anos.

“Esta redução representa uma economia de aproximadamente U$ 75 milhões ao ano. Este valor deixou de ser gasto no custo operacional de importação de fertilizantes”, explicou o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

Para conseguir estes resultados, Dividino explica que a Appa fez um diagnóstico de todo o sistema de descarga de fertilizantes para descobrir onde estavam os principais gargalos que consumiam tempo e tornavam as operações menos ágeis.

CUSTO MENOR

O setor de fertilizantes pagou, em 2011, cerca de US$ 100,5 milhões em multas sobre-estadia. Já em 2016, os valores gastos com a demurrage foram de U$ 34,4 milhões e em 2017, até o mês de setembro, U$19 milhões.

De acordo com o gerente-executivo do Sindiadubos, Décio Luiz Gomes, a redução nos custos de sobre-estadias nas operações com fertilizantes se deram devido ao aprimoramento dos processos logísticos do Porto. “Foram diversas medidas implementadas, entre elas a reforma do cais comercial, o aumento no número de berços destinados à descarga de fertilizantes, novas balanças automatizadas – que inclui opções de berços alternativos – e a informatização e automação do sistema para emissão de notas fiscais e expedição de caminhões”, explicou.

Fonte: AEN